Finanças

Ibovespa fecha em queda em dia de PIB abaixo do esperado; dólar cai

Investidores também seguem atentos aos dados de inflação nos Estados Unidos.

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O Ibovespa operou e encerrou em queda nesta quinta-feira (1), em dia marcado pela divulgação do PIB brasileiro, que desacelerou mais do que o esperado no terceiro trimestre deste ano. O dólar, por sua vez, também recuou.

No dia, o Ibovespa recuou 1,39%, aos 110.926 pontos. O dólar caiu 0,10%, aos R$ 5,1966.

Cenário interno

Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou variação de 0,4% no 3º trimestre de 2022 em comparação ao 2º trimestre, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (01).

Foi o 5º período seguido de alta, mas abaixo das expectativas, de 0,6%. A expectativa do Banco Central medida pelo Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerando prévia do PIB, era de aumento de 1,36% no período.

O melhor crescimento foi do setor de serviços, com maior peso na economia, seguido pela indústria, enquanto a Agropecuária recuou 0,9%.

Investidores também ajustam suas carteiras para dezembro, que começa com incertezas fiscais e em relação à equipe do novo governo ainda no horizonte.

Analistas do Safra afirmaram que permanecem com um otimismo cauteloso para o Ibovespa no último mês do ano.

Eles destacaram que incertezas relacionadas ao equilíbrio fiscal e as indefinições da composição do novo governo elevaram as curvas de juros, aumentando o prêmio de risco do mercado doméstico e levando o Ibovespa a um valuation mais atrativo

“Acreditamos que qualquer sinalização de melhora do lado fiscal poderia gerar um fechamento das curvas, melhorando os múltiplos de negociação da bolsa brasileira”, afirmaram em relatório com as recomendações do mês.

Cenário externo

Os gastos do consumidor norte-americano aumentaram solidamente em outubro, enquanto a inflação moderou, dando à economia um forte impulso no início do quarto trimestre, à medida que navega em um ambiente de juros altos.

Os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos Estados Unidos, saltaram 0,8% após um aumento não revisado de 0,6% em setembro, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira. O crescimento de outubro ficou em linha com as expectativas dos economistas.

Houve também moderação na tendência de inflação no mês passado. O índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) subiu 0,3% após avançar na mesma margem em setembro. Nos 12 meses até outubro, o índice de preços PCE aumentou 6,0%, após avançar 6,3% em setembro.

Bolsas mundiais

Wall Street

Wall Street encerrou com desempenho misto nesta quinta-feira, com uma onda de vendas na Salesforce pesando sobre o Dow Jones, enquanto operadores digeriram dados dos Estados Unidos que sugeriram que os aumentos de juros do Federal Reserve estão tendo efeito na economia.

O S&P 500 recuou 0,08%, para 4.076,79 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq ganhou 0,13%, para 11.482,45 pontos. O Dow Jones caiu 0,56%, para 34.396,53 pontos.

Europa

O índice pan-europeu STOXX 600 da Europa fechou no maior nível em mais de três meses nesta quinta-feira, com investidores comemorando as sinalizações do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, de aumentos menores nas taxas de juros e também a decisão da China de suavizar seu tom sobre as rígidas restrições da covid-19.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,19%, a 7.558,49 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,65%, a 14.490,30 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,23%, a 6.753,97 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,31%, a 24.685,67 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 fechou estável, a 8.407,90 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 1,10%, a 5.927,23 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações da China e de Hong Kong começaram dezembro em alta, acompanhando os mercados globais e a sinais de algum relaxamento nas rígidas restrições anti-Covid da China.

A China está suavizando seu tom sobre a gravidade da Covid e diminuindo algumas restrições ao coronavírus, mesmo com o número diário de casos pairando perto de recordes.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,92%, a 28.226 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,75%, a 18.736 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,45%, a 3.165 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 1,08%, a 3.894 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,30%, a 2.479 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,90%, a 15.012 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,07%, a 3.292 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,96%, a 7.354 pontos.

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