Finanças
Dólar cai pela 5ª sessão consecutiva, enquanto Ibovespa tem 8ª alta
Mercado aguarda apresentação do parecer do arcabouço fiscal após reunião de Lula com ministros.
O dólar à vista recuou nesta segunda-feira (15) pela 5ª sessão consecutiva ante o real, para o menor nível de fechamento desde junho de 2022, acompanhando o exterior e com investidores na expectativa pela divulgação do parecer sobre o novo arcabouço fiscal no Congresso. Já o Ibovespa teve a 8ª alta consecutiva, o que não acontecia desde março de 2022.
No dia, o dólar recuou 0,73%, a R$ 4,8876. O Ibovespa subiu 0,52%, aos 109.029 pontos.
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No fim da tarde, a taxa do Depósito Interbancário (DI) para janeiro de 2024 estava em 13,3%, ante 13,293% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 11,67%, ante 11,718% do ajuste anterior. Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2026 estava em 11,12%, ante 11,243% do ajuste anterior, e a taxa para janeiro de 2027 estava em 11,155%, ante 11,297%.
Cenário externo
O recuo da moeda norte-americana ante o real esteve em sintonia com o exterior, onde o dólar também cedia ante divisas como o peso mexicano, o dólar australiano e o dólar canadense.
Além disso, profissionais do mercado justificaram a baixa das cotações citando o diferencial de juros entre Brasil e EUA, que favorece os investimentos de estrangeiros. Exportadores também seguiram aproveitando as cotações em níveis ainda elevados para internalizar recursos.
Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, disse à Reuters que o bom humor externo provavelmente é reflexo de leituras de inflação melhores em algumas economias, bem como de um noticiário marginalmente mais positivo em torno do imbróglio do teto da dívida do governo dos Estados Unidos.
No fim de semana, o presidente norte-americano, Joe Biden, disse que espera se reunir com líderes do Congresso na terça-feira e permaneceu otimista sobre um acordo para aumentar o limite de empréstimos de US$ 31,4 trilhões do país.
Investidores citavam ainda expectativas de que o Federal Reserve em breve interrompa seu ciclo de alta de juros como um fator de apoio para moedas de países emergentes.
Arcabouço fiscal
Enquanto isso, no Brasil, Sanchez citou um “bom humor de curtíssimo prazo” que tem mantido o dólar abaixo de R$ 5, bem como um forte fluxo cambial de entrada via conta comercial em meio ao momento aquecido do agronegócio.
Enquanto isso, o mercado fica atento a reuniões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com diversos ministros, entre eles o da Fazenda, Fernando Haddad; da Casa Civil, Rui Costa; da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha; e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o vice-presidente Geraldo Alckmin.
É aguardada a apresentação do parecer do arcabouço fiscal pelo relator da matéria, o deputado Cláudio Cajado (PP-BA). Na semana passada, Cajado havia afirmado que se reuniria nesta segunda-feira com líderes partidários para apresentar o texto e, depois disso, faria os ajustes necessários no relatório antes de divulgá-lo à imprensa. A divulgação, que inicialmente seria na semana passada, agora está prevista para ocorrer na terça-feira (16).
De acordo com o relator da matéria, há membros do PT que estão se posicionando contra a proposta.
Já no Boletim Focus, a projeção para a inflação em 2023 subiu de 6,02% para 6,03%, enquanto que para 2024 a expectativa caiu ligeiramente, segundo a pesquisa.
Destaques da B3
Azul
A Azul (AZUL4) reportou ao mercado seu balanço financeiro referente ao 1º trimestre de 2023. A companhia reportou um prejuízo líquido ajustado de R$ 727,6 milhões, o que representa um recuo de 10% em comparação com o o 1º trimestre de 2022.
A receita líquida operacional da empresa atingiu R$ 4,5 bilhões no trimestre, um salto de 40,3% na comparação anual. Segundo a aérea, a receita líquida atingiu um recorde histórico, “com a demanda por viagens permanecendo robusta”.
No dia, a ação fechou em queda de 0,78%.
BB Seguridade
A BB Seguridade (BBSE3) divulgou nesta segunda um lucro líquido de R$ 1,83 bilhão no primeiro trimestre, 49,3% maior do que o registrado em igual período do ano anterior. A ação caiu 5,91% nesta segunda-feira.
Em comunicado ao mercado, a companhia informou que o resultado positivo foi impulsionado pelo forte desempenho comercial em seguros, previdência e capitalização, melhora da sinistralidade e crescimento do resultado financeiro.
“Continuamos com uma visão otimista para a companhia, que deve se beneficiar do bom crescimento de prêmios na unidade de seguros e juros ainda altos, mesmo que caiam ao final do ano”, disseram em relatório analistas da Genial Investimentos.
Braskem
A ação da Braskem (BRKM5) caiu 6,7% após a Petrobras (PETR4) avaliar comprar o controle da companhia ao exercer seu direito de preferência. A informação foi dada em primeira mão pela coluna Painel S.A., da Folha de S. Paulo.
Vibra
A Vibra Energia (VBBR3) teve alta de 1,04% depois de reportar lucro líquido de R$ 81 milhões no primeiro trimestre, queda de 75,1% ante o mesmo período do ano passado, com o resultado sofrendo influência da redução dos preços de derivados de petróleo. O valor ficou abaixo de pesquisa da Refinitiv, que previa resultado de R$ 297,2 milhões. O indicador de geração de caixa (Ebitda ajustado) ficou em R$ 688 milhões entre janeiro e março, com uma queda de 37%.
Bolsas mundiais
Wall Street
Os índices S&P 500 e Dow Jones fecharam com ganhos modestos nesta segunda-feira, depois que dados de manufatura levantaram preocupações sobre a desaceleração da economia dos Estados Unidos em meio às negociações do teto da dívida em andamento no Congresso norte-americano, enquanto uma alta nas ações da Meta ajudou a elevar o índice de tecnologia Nasdaq.
Segundo dados preliminares, o S&P 500 ganhou 0,31%, para 4.136,51 pontos. O Nasdaq subiu 0,66%, para 12.365,21 pontos. O Dow Jones avançou 0,17%, para 33.356,47 pontos.
Europa
As ações europeias subiram nesta segunda-feira, com os investidores avaliando as incertezas em torno das negociações do teto da dívida dos Estados Unidos e do segundo turno da eleição na Turquia, enquanto analisavam dados em busca de pistas sobre o estado da economia global.
- Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,30%, a 7.777,70 pontos.
- Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,02%, a 15.917,24 pontos.
- Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,05%, a 7.418,21 pontos.
- Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,37%, a 27.245,46 pontos.
- Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,35%, a 9.201,50 pontos.
- Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,33%, a 6.094,77 pontos.
Ásia
As ações da China devolveram as perdas iniciais e se recuperaram fortemente nesta segunda-feira, com os investidores depositando expectativas em um afrouxamento da política monetária (queda dos juros) e em medidas de estímulo para o mercado de capitais.
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,81%, a 29.626 pontos.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 1,75%, a 19.971 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 1,17%, a 3.310 pontos.
- O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 1,55%, a 3.998 pontos.
- Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,16%, a 2.479 pontos.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,18%, a 15.475 pontos.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,19%, a 3.214 pontos.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,14%, a 7.267 pontos.
*Com informações da Reuters.
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