O principal índice da bolsa brasileira, Ibovespa, fechou em queda nesta quinta-feira (30), terminando setembro em baixa e marcando assim o terceiro mês seguido de baixa. Já o dólar terminou o dia e o mês em alta sobre o real.
O dia foi marcado por dados positivos no Brasil e no exterior, que tiraram momentaneamente o foco de temores com a escalada global dos preços de energia, além de receios com China e Estados Unidos, um dia após o Ibovespa atingir a segunda pior marca em 2021.
O Ibovespa caiu 0,11% nesta quinta, aos 110.979 pontos. No mês, a queda foi de 6,57%. O dólar subiu 0,29% no dia, a R$ 5,4457, e terminou setembro com alta de 5,34%.
A combinação de temores crescentes de redução de estímulos nos Estados Unidos e preocupações domésticas em torno da saúde fiscal do Brasil ajudavam a manter o dólar em patamares elevados, disse à agência Reuters Alejandro Ortiz, economista da Guide Investimentos
O próprio Banco Central avaliou nesta quinta-feira que o risco fiscal brasileiro segue elevado apesar da melhora recente nas contas públicas, pontuando que há incerteza tanto do lado das receitas, cujo aumento recente pode não ser sustentável, quanto do lado das despesas, em meio a indefinições associadas ao Bolsa Família e à conta de precatórios.
Dados do dia
Na China, a atividade industrial mais fraca que a esperada em setembro elevou expectativas de flexibilização da política monetária, enquanto o país reforça esforços para conter temores de escassez de eletricidade.
Ainda no cenário externo, investidores pareciam contar com a votação do Senado dos Estados Unidos para estender o financiamento do governo até 3 de dezembro, enviando o pacote para a Câmara, antes de chegar para sanção do presidente Joe Biden.
No plano doméstico, o foco era a notícia de que a taxa de desemprego recuou de 14,1% no 2º trimestre para 13,7% no trimestre móvel até julho, dado melhor do que a expectativa, o que dava alívio para ações de empresas ligadas a consumo, que vinham em forte queda recente na bolsa.
Bolsas mundiais
Wall Street
O mercado acionário de Wall Street terminou a sessão desta quinta-feira em queda acentuada e o S&P 500 registrou seu pior mês desde o início da crise global de saúde, após um mês e trimestre tumultuados por preocupações com covid-19, temores inflacionários e disputas orçamentárias em Washington.
- Dow Jones caiu 1,59%, para 33.843,92 pontos
- S&P 500 recuou 1,19%, para 4.307,54 pontos
- Nasdaq Composite caiu 0,44%, para 14.448,58 pontos.
Europa
As ações europeias fecharam perto da estabilidade, já que a queda no setor de viagens e lazer limitou os ganhos das mineradoras, mas encerraram o mês com perdas de mais de 3% devido às preocupações com a desaceleração da economia global e aumento da inflação.
- Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,31%, a 7.086,42 pontos.
- Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,68%, a 15.260,69 pontos.
- Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,62%, a 6.520,01 pontos.
- Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,21%, a 25.683,81 pontos.
- Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,94%, a 8.796,30 pontos.
- Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,76%, a 5.460,80 pontos.
Ásia e Pacífico
As ações da China fecharam em alta nesta quinta, já que a atividade industrial mais fraca do que o esperado em setembro elevou as esperanças de mais flexibilização da política monetária, enquanto setores pesados em energia se recuperaram após Pequim intensificar os esforços para conter temores de escassez de energia.
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,31%, a 29.452 pontos.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG recuou 0,36%, a 24.575 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC avançou 0,90%, a 3.568 pontos.
- O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,67%, a 4.866 pontos.
- Em SEUL, o índice KOSPI avançou 0,28%, a 3.068 pontos.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX avançou 0,47%, a 16.934 pontos.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES avançou 0,40%, a 3.086 pontos.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 1,88%, a 7.332 pontos.
(*Com informações de Reuters)
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