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Finanças

Ibovespa fecha em alta de 2,51% puxado por Vale, Petrobras e bancos; dólar cai

Este foi o melhor desempenho da bolsa em um mês, no dia 1º de setembro o índice chegou a subir 2,82%.

bolsa de valores

O Ibovespa voltou a subir nesta quinta-feira (8) ignorando riscos fiscais. O índice da B3 fechou em alta de 2,51% aos 97.919 pontos. Este foi o melhor desempenho da bolsa em um mês, no dia 1º de setembro o índice chegou a subir 2,82%.

Na semana, o Ibovespa avança 4,15% e em outubro sobe 3,51%. As commodities puxaram o desempenho do índice. Os papéis da Petrobras fecharam em forte alta seguindo preços do petróleo a nível global. O Brent para dezembro subiu 3,21% cotado a US$ 43,34 o barril. Enquanto o WTI para novembro teve alta de 3,10% cotado a US$ 41,19 o barril.

Os contratos futuros de petróleo registraram ganhos sustentados pela passagem do furacão Delta pelo Golfo do México, importante região produtora. Além disso, o relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) contribuiu para o movimento.

As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) subiram 3,28%, enquanto as ordinárias (PETR3) avançaram 3,42%.

Os papéis da Vale (VALE3) valorizaram 1,86%. No setor bancário também houve alta generalizada, todas as ações subiram acima de 4% após avaliação do UBS que apontou perspectiva de lucro maior e um melhor custo de risco para os bancos no terceiro trimestre. Tudo indica que a inadimplência deve ter um impacto menor nas instituições.

As ações do Santander (SANB11) dispararam 8,11% e os papéis do Itaú (ITUB4) subiram 6,04%. Também se valorizaram as ações do Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) que fecharam em alta de 5,14% e 4,83%, respectivamente.

No cenário externo, o otimismo predomina em Wall Street após aceno de Trump a retomar diálogo sobre estímulos econômicos. Ontem ele anunciou um minipacote de US$ 25 bilhões. Nem a entrevista da líder democrata Nancy Pelosi rejeitando um pacote fatiado de estímulos desanimou os investidores. As bolsas americanas fecharam em alta. Dow Jones subiu 0,43%, o índice S&P 500 avançou 0,80% e Nasdaq valorizou 0,50%.

O otimismo se manteve apesar de anúncio da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre recorde de crescimento nos casos de coronavírus nas últimas 24h, totalizando 338.779 infeções. E os pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA, que foram 840 mil superando a previsão dos analistas (825 mil). O que reforça percepção de dificuldades na recuperação na economia do país.

O dólar comercial fechou em queda de 0,62%, cotado a R$ 5,5880. Na máxima do dia, a moeda americana chegou a R$ 5,646.

O dólar engatou queda nos negócios da tarde desta quinta-feira após uma manhã volátil. A perda de força da moeda americana no exterior, em meio à renovadas expectativas por um pacote de estímulo nos Estados Unidos, ajudou a retirar pressão do câmbio no mercado doméstico. A ausência de noticiário negativo doméstico também ajudou e investidores aproveitaram para realizar ganhos recentes – dos cinco pregões deste mês até ontem, o dólar só caiu em um. Contudo, profissionais das mesas de operação, comentam que persiste o desconforto com o cenário fiscal brasileiro, tanto que a moeda não se distanciou dos R$ 5,60, por onde tem orbitado nos últimos dias.

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Destaques da Bolsa

O destaque positivo do dia foi do IRB Brasil (IRBR3) que fechou em alta de 20,19%. A resseguradora vive um movimento de correção após forte queda dos papéis de quase 25% com anúncio de recomendação de venda do UBS BB. Nas últimas semanas, a companhia chegou a subir quase 60%.

Entre as maiores altas estavam também os bancos Santander (SANB11) e Itaú (ITUB4) que valorizaram 8,11% e 6,04%, respectivamente.

No lado oposto do Ibovespa os destaques negativos foram: Usiminas (USIM5) recuou 2,55%, B2W (BTOW3) cedeu 1,61%. Caiu também a Eletrobras (ELET3), os papeis da companhia fecharam em baixa de 1,44%.

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Bolsas americanas

As bolsas de Nova York fecharam o pregão em alta nesta quinta-feira, 8, mas reduziram ganhos à tarde após a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, ter recusado uma proposta de estímulo fiscal menos abrangente, que beneficiaria apenas companhias aéreas. Ações do setor de energia foram destaque de valorização, em um dia de rali do petróleo.

O índice acionário Dow Jones subiu 0,43%, a 28.425,51 pontos, o S&P 500 avançou 0,80%, a 3.446,83 pontos, e o Nasdaq registrou alta de 0,50%, a 11.420,98 pontos.

“As ações abriram em alta. O sentimento positivo do mercado está aumentando esta manhã com a especulação de que um estímulo fragmentado, se não mais, pode estar próximo”, escreveram analistas da corretora americana LPL Financial no começo da sessão. Logo depois, entretanto, Pelosi disse em uma entrevista coletiva que não aceitaria um pacote fiscal menor. “Queremos um pacote completo, não um projeto reduzido”, afirmou a democrata.

No final da tarde, um porta-voz de Pelosi informou que ela e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, conversaram por telefone sobre a possibilidade de haver entendimento por estímulos abrangentes à economia. “O secretário deixou claro o interesse do presidente Donald Trump em chegar a tal acordo”, escreveu Drew Hammill em sua conta oficial no Twitter.

Durante o dia, diversos dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) enfatizaram, mais uma vez, a necessidade de apoio adicional do governo à atividade econômica. “Espero que, seja quem for eleito, vá ao Congresso e aprove um grande pacote fiscal”, declarou Eric Rosengren, presidente da distrital de Boston. Um termômetro da tendência de recuperação da economia dos EUA, os pedidos semanais de auxílio-desemprego caíram 9 mil, a 840 mil, mas a previsão de analistas era de que recuasse a 825 mil.

Na visão do analista Boris Schlossberg, da BK Asset Management, as ações também subiram hoje em reação ao debate realizado ontem entre os candidatos a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris (democrata) e Mike Pence (republicano), “pois nenhum dos candidatos deu um golpe decisivo e os investidores em ações continuaram a apostar na vitória de Biden e na perspectiva de um grande estímulo fiscal”.

O subíndice do setor de energia liderou os ganhos (+3,78%) no S&P 500 hoje, em um dia de rali do petróleo. A commodity energética foi impulsionada pelo avanço do furacão Delta pelo oeste do Golfo do México, em direção ao sudoeste da Louisiana, nos EUA, o que pode reduzir a produção. Com isso, as ações da petroleira Chevron subiram 1,95%. Já os papéis do Citi recuaram 0,27%, após o banco americano ter sido multado ontem por reguladores e advertido pelo Fed sobre sua gestão de riscos.

*Com Estadão Conteúdo

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