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Finanças

Inflação é o que mais deve reduzir intenção de investimento em 2022, diz estudo

Segundo item que mais pode pesar negativamente na hora de aplicar o dinheiro é a alta dos juros.

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Pesquisa realizada pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) com 5.878 pessoas, em parceria com o Datafolha, mostra que, para metade dos entrevistados (50%), a inflação elevada é o fator que mais deve reduzir a intenção de fazer algum investimento em 2022.

Por outro lado, para 27% dos pesquisados, o aumento da inflação não impacta na decisão de investir ou não, enquanto que, para o menor grupo (24%), o avanço nos preços aumenta a possibilidade de uma nova aplicação.

O levantamento também questionou o impacto do aumento das taxas de juros e das eleições presidenciais nos investimentos em 2022.

O segundo item que mais deve pesar negativamente é a alta dos juros. O indicador foi citado por 39% dos entrevistados. Porém, 30% enxergam o avanço da taxa como uma oportunidade de investir seu dinheiro e ter mais rentabilidade, enquanto 30% avaliam que os juros não influenciam na decisão de aplicar ou não em um produto financeiro.

Questionados sobre as eleições presidenciais, 41% dos entrevistados revelaram que o evento é indiferente na decisão de investir ou não este ano. Entretanto, para 38%, a intenção de investir por conta da eleição é reduzida e 21% preveem novas aplicações mesmo em um ano de votação.

“A pesquisa mostra que o avanço da inflação é o que mais preocupa as pessoas. Além disso, chama a atenção a diferença de percepção em relação a outros fatores como juros e eleições: onde um vê risco, outro enxerga oportunidade.  Mas em todos os cenários, mais informação e educação financeira são essenciais para ajudar as pessoas a tomar decisões mais conscientes”, avaliou em nota Marcelo Billi, superintendente de Comunicação, Certificação e Educação de Investidores da Anbima.

O estudo também apontou que, mesmo em um ambiente mais incerto e volátil devido às eleições, inflação e juros, a maioria (59%) se mantém otimista sobre a economia em 2022, contra fatia de 58% na edição anterior.

Entretanto, 27% do total dos entrevistados acham que a economia vai ficar pior do que no ano passado, ante fatia de 26% em 2021; 24% em 2020; 21% em 2019 e 14% em 2018.

Classes D e E

A edição de novembro foi a primeira com pessoas das classes D e E. Quando analisado o recorte, 57% dos entrevistados deste grupo acreditam que a inflação diminui a intenção de investir; enquanto o aumento nas taxas de juros é indicado por 47% como o principal inibidor das aplicações financeiras, e as eleições presidenciais foram apontadas por 46%. Entre as classes ABC, o percentual é de 38% (taxa de juros), 48% (aumento da inflação), e 36% (eleições presidenciais), respectivamente.

Sobre a pesquisa

Esta foi a quinta edição da pesquisa Raio X do Investidor Brasileiro, realizada pela Anbima em parceria com Datafolha. As entrevistas aconteceram presencialmente entre 9 e 30 de novembro de 2021, com 5878 pessoas das classes A, B, C e D/E, de 16 anos ou mais, nas cinco regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.

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