A Câmara Municipal de São Paulo deve votar nesta quarta-feira (29) o segundo turno do projeto que atualiza a Planta Genérica de Valores (PGV), base usada para calcular o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Se aprovado em definitivo, o novo valor venal dos imóveis já começa a valer no carnê de 2026, elevando a cobrança para parte dos contribuintes.

A prefeitura estima uma alta média próxima de 15% na cidade, mas esse número varia muito conforme a localização e o tipo do imóvel, porque o reajuste decorre da atualização da PGV, ou seja, o valor venal usado como base de cálculo do imposto.

Bairros de alto padrão e regiões comerciais devem concentrar os maiores aumentos. Mas há um ponto importante que reduz o impacto imediato para o contribuinte. A prefeitura manteve o teto anual de aumento:

Isso significa que, mesmo que o valor venal do imóvel suba 30%, 40% ou mais na nova PGV, o imposto anual (IPTU) não poderá subir mais que 10% no próximo ano, para imóveis residenciais. Para imóveis comerciais, o teto é de cerca de 15% de aumento anual.

Essa regra está no próprio projeto enviado à Câmara Municipal e foi confirmada em nota oficial da prefeitura e em esclarecimentos técnicos já divulgados.

Quem pagará mais IPTU em 2026

De acordo com levantamento de bairros da capital, os maiores impactos devem recair sobre imóveis residenciais em regiões nobres, como Jardins, Vila Nova Conceição, Higienópolis e Itaim Bibi, onde o metro quadrado valorizou consideravelmente nos últimos anos.

Para imóveis comerciais, escritórios em polos corporativos, como Faria Lima, Vila Olímpia e áreas próximas ao centro expandido, também devem sentir os maiores aumentos, mesmo com o teto de 15% de aumento anual.

Em termos práticos, apartamentos grandes em bairros de alto padrão podem ter acréscimo de até R$ 3 mil a R$ 4 mil no imposto anual, enquanto empresas podem ver saltos de R$ 15 mil a R$ 20 mil, dependendo do tamanho e da localização do imóvel.

Como o aumento acontece na prática

A conta funciona em três passos:

Etapa Impacto
Valor venal sobe imóvel “fica mais caro no papel”
Base de cálculo aumenta IPTU tende a subir
Teto limita o impacto no carnê reajuste máximo de 10% (residencial) ou 15% (comercial) ao ano

Quem será pouco ou nada afetado

O que falta ser decidido na votação desta semana

O segundo turno deverá confirmar:

Depois de aprovado em plenário, o texto segue para sanção do prefeito.

O que é IPTU e como funciona?

O IPTU é o Imposto Predial e Territorial Urbano. Ele um tributo que incide sobre cada uma das propriedades imobiliárias urbanas, sendo para todos os tipos de imóveis em uma região urbanizada, como residências, prédios comerciais, apartamentos, salas comerciais etc.

Por que tem que pagar o IPTU?

A cobrança acontece de forma anual pela Prefeitura de cada cidade, que determina os critérios.

O valor arrecadado com essa cobrança vai para o cofre do município, que utiliza para melhorias e despesas da cidade. Fica na responsabilidade da Prefeitura escolher onde e de qual maneira utilizará o valor desta arrecadação, podendo ser com educação, segurança, saúde, infraestrutura etc.

Quem tem que pagar o IPTU?

De acordo com o Código Tributário Nacional, o contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, podendo ser pessoa física ou jurídica.

Desta forma, quem tem imóvel em área urbana precisa fazer o pagamento do tributo e ele incide sobre cada propriedade, ou seja, se uma pessoa tem cinco imóveis no seu nome, ela terá que pagar o IPTU de cada um deles.