A revisão da PGV ocorre periodicamente para recalibrar o valor venal dos imóveis de acordo com a valorização do mercado imobiliário. A Prefeitura vinha indicando que, em média, os imóveis da capital tiveram valorização próxima de 15% desde a última atualização, mas em bairros como Jardins, Itaim Bibi, Vila Nova Conceição, Higienópolis e eixos comerciais como a região da Faria Lima, a valorização foi significativamente maior.
Na prática, mesmo que o valor venal do imóvel tenha subido mais do que isso, o impacto no carnê de 2026 ficará limitado ao teto de 10% e poderá ser diluído gradualmente nos anos seguintes.
Mudança na proposta
Uma das principais mudanças inseridas pelo Legislativo foi a unificação do limite de reajuste: o texto inicial previa alta máxima de 10% para residenciais e 15% para comerciais, mas uma emenda aprovada igualou o teto em 10% para ambos. A medida foi articulada para reduzir o impacto do imposto especialmente sobre pequenos e médios negócios, afetados pela alta de custos e aluguel nas regiões mais valorizadas.
O projeto também amplia o número de imóveis isentos do IPTU ao elevar de R$ 120 mil para R$ 150 mil o limite de valor venal para isenção de residências. Além disso, imóveis localizados em áreas enquadradas como ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social), inclusive nas ZEIS 3 e 5, normalmente voltadas à moradia de baixa renda em áreas urbanas consolidadas, também passam a ser contemplados.
IPTU mais caro em 2026
Para os contribuintes, os efeitos práticos começam no carnê de 2026. Quem possui imóvel com forte valorização pode ver um impacto gradual ano a ano até que o imposto reflita integralmente o novo valor venal. Já proprietários de imóveis em regiões menos valorizadas ou com baixo valor venal podem ter reajustes menores ou até manutenção da carga tributária, dependendo da avaliação cadastral.
A Prefeitura também deverá disponibilizar um simulador para cálculo individualizado após a sanção da lei, permitindo ao contribuinte estimar o reajuste no seu imóvel específico. Com a sanção, a atualização da PGV passa a valer oficialmente e redefine a política de cobrança do IPTU na maior cidade do país.
Como o aumento acontece na prática
A conta funciona em três passos:
| Etapa | Impacto |
| Valor venal sobe | imóvel “fica mais caro no papel” |
| Base de cálculo aumenta | IPTU tende a subir |
| Teto limita o impacto no carnê | reajuste máximo de 10% |
O que é IPTU e como funciona?
O IPTU é o Imposto Predial e Territorial Urbano. Ele um tributo que incide sobre cada uma das propriedades imobiliárias urbanas, sendo para todos os tipos de imóveis em uma região urbanizada, como residências, prédios comerciais, apartamentos, salas comerciais etc.
Por que tem que pagar o IPTU?
A cobrança acontece de forma anual pela Prefeitura de cada cidade, que determina os critérios.
O valor arrecadado com essa cobrança vai para o cofre do município, que utiliza para melhorias e despesas da cidade. Fica na responsabilidade da Prefeitura escolher onde e de qual maneira utilizará o valor desta arrecadação, podendo ser com educação, segurança, saúde, infraestrutura etc.
Quem tem que pagar o IPTU?
De acordo com o Código Tributário Nacional, o contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, podendo ser pessoa física ou jurídica.
Desta forma, quem tem imóvel em área urbana precisa fazer o pagamento do tributo e ele incide sobre cada propriedade, ou seja, se uma pessoa tem cinco imóveis no seu nome, ela terá que pagar o IPTU de cada um deles.