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Finanças

Maioria dos FIIs continua sendo bons pagadores de rendimentos, diz Santander

Fundos imobiliários de shopping e galpões logísticos apresentaram os maiores crescimentos na distribuição de dividendos nos últimos 12 meses.

Os fundos imobiliários seguem sendo, em sua maioria, bons pagadores de rendimentos. É o que aponta o Santander no relatório “Raio-X de Fundos Imobiliários”, publicado na sexta-feira (22), considerando os 51 FIIs do universo de cobertura do banco.

Imóveis (Crédito: Shutterstock)
Imóveis (Crédito: Shutterstock)

Segundo o Santander, os fundos de shopping centers e galpões logísticos foram os que mais apresentaram crescimento na distribuição de dividendos, considerando os últimos 12 meses.

“No caso dos shoppings, os FIIs que mais gostamos estão conseguindo entregar um forte resultado operacional e uma alta taxa de ocupação, mesmo com o IGP-M (índice de reajuste dos contratos) negativo no ano, o que permite aos mesmos seguir elevando o preço dos aluguéis”, destaca o Santander.

Veja histórico de distribuição de rendimentos dos fundos de shopping center e logísticos, respectivamente, acompanhados pelo banco, divididos por setor:

Prêmio dos FIIs segue atrativo

O Santander aponta que a onda de valorização dos principais FIIs do mercado, com destaque para os fundos de tijolo, e os rendimentos com crescimento marginal, se comparado com os últimos 12 meses, fizeram com que o dividend yield anualizado do IFIX se aproximasse de 9,5% nos últimos nove meses ante aproximadamente 10% no começo do ano.

No período de 12 meses, a média do prêmio entre o IFIX, considerando apenas o dividend yield, e a NTN-B 2035 (Tesouro IPCA+), foi de 4%, cita banco.

“Importante notar que o prêmio no começo de setembro (4,13%) segue atrativo e acima da média, se firmando com uma oportunidade de entrada/investimento nos FIIs”, avalia o banco.

2023 de valorização

No relatório, o banco afirma que dos 51 FIIs que constituem o seu universo oficial de cobertura, 27 deles têm a recomendação oficial de compra, com 26 deles apresentando rentabilidade positiva, considerando rendimentos mais ganho de capital.

“Os destaques são os FIIs de Tijolo. Na composição do IFIX, o segmento de ativos reais
apresenta uma rentabilidade de mais de 17% no ano, puxado, principalmente, por shopping
centers e logístico”, diz o Santander.

Investidores

O Santander afirma que, neste ano, o mercado de fundos imobiliários ganhou mais de 334 mil investidores e atinge a marca de 2,3 milhões de costistas. Já ao longo dos últimos 12 meses, a indústria de FIIs recebeu, em média, 41 mil novos investidores por mês, sendo o último mês de agosto com um ganho de mais de 73 mil.

Mulher branca, usando uma blusa listrada e óculos, observa gráficos de cotação representando operações swap na tela de um notebook prateado. (Foto: Shutterstock / Alex from the Rock)
Mulher branca, usando uma blusa listrada e óculos, observa gráficos de cotação representando operações swap na tela de um notebook prateado. (Foto: Shutterstock / Alex from the Rock)

“Projetamos que o ano de 2024 comece com mais de 2,5 milhões de investidores. Vale ressaltar também que o principal investidor do mercado de FIIs ainda é o investidor
pessoa física
, que procura nessa classe de ativos uma renda mensal via rendimentos
distribuídos pela maioria dos fundos imobiliários e uma liquidez oriunda da negociação em
bolsa”, destaca o banco.

O Santander ainda lembra que 2023 começou como incerto e com expectativas difusas sobre como os FIIs cresceriam captando novos recursos. Contudo, segundo o banco, os últimos 4 meses estão apresentando uma narrativa diferente e mostrando que, mesmo em cenários ainda difíceis, os FIIs que contam com uma base relevante de cotistas, portfólios maduros e ativos-alvo decentes conseguem captar.

Expectativas

O Santander diz no relatório que pipeline de ofertas para novas captações neste ano segue forte e com expectativa de crescimento, e que a melhora do cenário macro e quedas dos juros ainda para acontecer até o fim do ano contribuirão para que FIIs relevantes (em portfólio e liquidez) se valorizem e venham a negociar a preços que justifiquem novas emissões.

“Com novos recursos em caixa, os fundos poderão reduzir alavancagem financeira e/ou fazer aquisições de ativos-alvo. O atual pipeline de ofertas em andamento e já anunciadas somam um volume de R$ 14 bilhões. Os segmentos mais representativos são de recebíveis imobiliários, desenvolvimento e shopping centers”, aponta o Santander.

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