Nesta segunda-feira, a maioria dos mercados asiáticos registraram quedas significativas em reação ao discurso do presidente do Banco Central dos EUA, Jerome Powell, na sexta-feira, quando afirmou que o BC deve elevar os juros na medida necessária para que a inflação esteja controlada mesmo que isso afete o crescimento econômico, aumentando a expectativa também por altas de 0,75 p.p. nos juros para as próximas reuniões.
O índice Nikkei encerrou o pregão com queda de 2,66%, o sul coreano KOSPI com queda de 2,18%, o Taiwex de Taiwan com queda de 2,31%, o Hang Seng com -0,73% enquanto os índices chineses tiveram um desempenho melhor com a notícia da retomada do fornecimento de energia em regiões afetadas pela crise energética e climática que afetou o funcionamento de indústrias nas últimas semanas. O principal índice, de Shanghai, teve ganhos de +0,14%.
Na Europa, com a agenda de dados econômicos vazia, os mercados seguem o mesmo rumo em queda em um dia sem negociações da bolsa britânica devido ao feriado hoje. Os principais índices registravam perdas como o alemão DAX com -1,34%, o espanhol IBEX com -1,41%, o francês CAC com -1,91% e o índice Euro Stoxx com -1,79%.
Projeções para IPCA caem após divulgação do IPCA-15
Uma semana após a divulgação do IPCA-15, as projeções para inflação divulgadas hoje (29) do relatório Focus foram reajustadas. A expectativa para agosto passa de -0,26% para -0,31%, de setembro de 0,39% para 0,33% enquanto o IPCA em 12 meses esperado para o fim de 2022 passa de 6,82% para 6,7%. Já no site da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados de Capitais (ANBIMA), a projeção para o IPCA de agosto passou de -0,23% para -0,33%.
Veja também
- O que Trump e Lula têm em comum: a queda de braço com o Banco Central
- Presidente do Fed diz que Trump não afeta juros no curto prazo, nem a duração de seu mandato
- Sem surpresas, Fed corta juros em 0,25 p.p. e destaca e crescimento econômico sólido
- Empresas dos EUA voltam ao mercado de dívida após Fed cortar juros
- Fed terá de superar eleições americanas e “efeito Orloff” antes de comemorar vitória sobre inflação