A semana termina com os principais índices de ações globais nas máximas históricas, após dados fortes dos Estados Unidos e da China impulsionando as expectativas de rápida recuperação global, enquanto a política permanece sob atenção no cenário nacional. Na China, se destacaram o PIB, que cresceu 18,3% no primeiro trimestre na base anual e as vendas no varejo, que subiram 34,2% na base anual em março. Os dados chineses foram divulgados depois de números fortes dos EUA na véspera, onde as vendas no varejo se recuperaram em 9,8% em março, levando o nível de vendas 17,1% acima do nível pré-pandemia.
No Brasil, as questões orçamentárias permanecem no radar. Em meio às incertezas que cercam as contas públicas neste ano, a equipe econômica definiu uma meta de déficit primário de 170,474 bilhões de reais para o governo central em 2022, segundo projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviado ao Congresso.
NY/Pré-mercado: S&P 500 futuro opera próximo da estabilidade (+0,05%) e segue na máxima histórica com forte tendência de alta. Além dos dados que mostram recuperação econômica, o Yield do T-note de 10 anos recua a 1,57550% e esta acomodação dos juros americano facilita o fluxo de recursos para ativos de risco.
Dólar: o dólar caiu (-0,75% à R$ 5,63) para a mínima da semana na quinta-feira, pelo terceiro pregão consecutivo e impactado pela fraqueza da divisa norte-americana no mundo, diante do maior apetite global por risco. Apesar da tendência de alta no longo prazo, o dólar entrou em uma zona de congestão (movimento lateral) no curto prazo.
O Ibovespa fechou em alta na quinta-feira, mas sem conseguir sustentar o nível dos 121 mil pontos, em meio a movimentos de realização de lucros, enquanto Cia Hering HGTX3.SA disparou quase 28% após virar alvo de aquisição da Arezzo. Apesar da devolução dos ganhos durante o pregão, o Ibovespa conseguiu avançar um pouco mais (+0,34%), a 120,700,67 pontos e com um volume financeiro de R$ 30,35 bi, próximo da média dos últimos dias.
O volume médio negociado na bolsa nos primeiros meses do ano, até 26 de fevereiro, era de R$ 44,067 bilhões, mas caiu para R$ 24,087 bilhões até o fechamento de sexta-feira (9/4), retração de 45,34%. Isso é reflexo da desconfiança dos investidores, principalmente os estrangeiros, em relação ao país, além da antecipação de feriados em São Paulo no fim de março e dos embates políticos no país. Além disso, podem ter impactos a volta do after-market onde o mercado perde quase uma hora de liquidez por dia, ciclo de alta dos juros no brasil e juros americano com taxas mais elevadas. Porém, pode ser algo temporário, um ajuste, e quando a economia reabrir deve dar uma puxada no volume.
Apesar do volume menor, que pode ser sinal de esgotamento ou fraqueza do movimento de alta do IBOV, a sua tendência permanece inalterada, de alta, e sem sinais de reversão.
Indicadores e eventos: |
Brasil |
Petrobras: Conselho se reúne para nomear o novo presidente, general Joaquim Silva e Luna, e a diretoria da estatal |
FGV: IPC-S da 2ª quadrissemana de abril (8h) |
EUA |
Morgan Stanley divulga balanço corporativo do primeiro trimestre (8h30) |
Universidade de Michigan: Índice de Sentimento do Consumidor (preliminar) de abril (11h) |
Baker Hughes: poços de petróleo em operação (14h) |
Europa |
Zona do euro/Eurostat: CPI final de março e balança comercial de fevereiro (6h) |