Mercados divididos à véspera de decisão de juros pelo Banco Central Europeu
Nesta quinta feira, os mercados asiáticos não tiveram uma direção única refletindo dados econômicos divulgados na quarta feira (07). O índice Nikkei encerrou o dia com alta de 2,31% após a a divulgação do PIB do Japão, que registrou alta de 0,9% no trimestre, superando a alta de 0,7% esperada pelo mercado, enquanto o produto interno bruto do país cresceu, na comparação anual, 3,5%, superando os 2,9% projetados pelo mercado.
Já os índices de Hang Seng e Shanghai fecharam em queda com -1% e -0,33% respectivamente influenciados pela desaceleração dos componentes da balança comercial na comparação anualizada, como as exportações que passaram dos 18% de julho para 7,1% em agosto, abaixo das expectativas de 12,8%; das importações que passam de 2,3% em julho para 0,3% em agosto, também abaixo do crescimento de 1,1% esperado; e do saldo da balança comercial que passou de US$ 101 bilhões em julho para US$ 79 bilhões em agosto, abaixo dos US$ 92,7 bilhões esperados.
Já o índice sul coreano KOSPI encerrou o dia com +0,33% enquanto o Taiex, índice de Taiwan , teve alta de 1,2%.
Na Europa, as expectativas são altas para que, na reunião de hoje do Banco Central Europeu às 09:15, seja decidida uma alta de 0,75 ponto percentual na taxa de juros que, segundo expectativas do mercado, deve subir de 0,50% para 1,25%. Uma alta de juros dessa magnitude é maior do que esperada meses atrás mas reflete a mudança de tom do banco central europeu após o discurso do presidente do banco central dos EUA, Jerome Powell, durante o simpósio de Jackson Hole, quando o mercado entendeu que os banco centrais estão mais determinados a controlar as expectativas de inflação de longo prazo via alta de juros.
Os principais índices europeus tinham ganhos majoritários como o índice britânica FTSE com +0,22%, o francês CAC com +0,41% e o Índice Euro Stoxx com +0,15%. Entre as perdas, o índice alemão DAX tinha -0,21% e o espanhol IBEX com -0,33%.
Discurso de Powell, Lagarde e pedidos por seguro desemprego em destaque hoje
Dentre os indicadores e eventos em destaque hoje, o número de pedidos iniciais de seguro desemprego na semana dos EUA deve registrar 240 mil novos pedidos após os 232 mil da semana anterior. Os dados serão divulgados às 09:30.
Logo após, acontece o discurso do Jerome Powell, presidente do Fed, às 10:10, próximo ao discurso da presidente do banco central europeu, Christine Lagarde, às 11:15, que deve dar maiores detalhes sobre a decisão da taxa de juros na Europa.
Os principais índices dos EUA registraram ganhos na quarta feira (7) como o S&P 500: +1,83%, Dow Jones: +1,40% e Nasdaq: +2,07% após a divulgação do Livre Bege, que reporta as condições econômicas dos 12 distritos do Fed. O documento, de forma resumida, disse que o comportamento de gastos do consumidor norte americano mudou pela inflação alta focando em produtos essenciais como alimentos.
Na manhã de hoje (8), os futuros dos índices registravam alta com Nasdaq: +0,11%, S&P 500: 0,12% e Dow Jones: 0,13%.
IGP-DI cai 0,55% em agosto
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou queda de 0,55% em agosto de acordo com a FGV hoje. No ano, o índice tem alta de 6,84% enquanto a alta em 12 meses é de 8,67%. Entre os destaques, o grupo de Alimentação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou desaceleração de 1,34% em julho para 0,07% em agosto e o Índice Nacional do Custo da Contrução (INCC) desacelerou de 0,86% em julho para 0,09% em agosto.
Agenda do dia
09:15 | EUR | Decisão de taxa de juros |
09:30 | EUA | Pedidos por seguro desemprego |
09:45 | EUR | Discurso da presidente do BCE, Lagarde |
10:10 | EUA | Discurso do presidente do Fed, Jerome Powell |
14:30 | BRA | Fluxo Cambial de agosto |
Dow Jones
O comportamento do Dow Jones mudou após o posicionamnto do Fed em Jackson Hole e o índice começou a ser negociado abaixo da média diária de 21 períodos ainda em agosto. De lá pra cá, ele chegou a registrar queda de 8,8% e pode buscar os 30.000 pontos. Atualmente é negociado na região dos 31.000 pontos e pode ter correções positivas no curto prazo.
Veja também
- De olho na BYD, europeias Volkswagen, Renault e Stellantis vão focar nos carros elétricos de baixo custo
- Ações europeias recuam com temores globais sobre recessão nos EUA
- Inflação da zona do euro tem queda inesperada e aumenta possibilidade de corte de juros
- Ações europeias caem pressionadas por setor de saúde e com dados da inflação alemã em foco
- Ações europeias recuam frente a recorde com incerteza sobre corte de juros