Cenário global e bolsa de valores
No cenário global, os mercados operavam em alta nesta terça-feira, com investidores na Europa e na Ásia acompanhando o bom humor das bolsas de Wall Street, que na véspera marcou mais um recorde de fechamento sob o impulso de um dado positivo de vendas no varejo nos Estados Unidos, que contribuiu para diminuir preocupações com as implicações econômicas da variante Ômicron. Ou seja, há sinais de que os governos se mostram preparados para lidar com o aumento do número de casos de Covid-19 contribuem para aumentar o apetite por risco. Na terça-feira, o governo britânico disse que não haverá restrições adicionais para conter o vírus neste fim do ano e a França, mesmo anunciando novas medidas de restrição, reafirmou que as escolas reabrirão em janeiro.
Em Tóquio, o Nikkei fechou em alta de 1,37%, após a produção industrial do Japão subir 7,2% em novembro com salto em automóveis; em Seul, o Kospi subiu 0,69%; em Taiwan, o Taiex +0,82%. Hong Kong ganhou 0,24%; Xangai +0,39%; Shenzhen +0,83%. As bolsas europeias sobem nesta 3ªF de liquidez reduzida, com a bolsa de Londres ainda fechada. Os casos de covid são monitorados, mas o mercado está mais focado nas respostas dos governos à pandemia. A Espanha volta a exigir uso de máscaras. Há pouco, Frankfurt subia 0,67%; Paris +0,53%; Madri +0,72%. O índice Stoxx avançava 1,09%, aos 488.30 pontos.
Cenário no Brasil
Em uma sessão sem indicadores relevantes no mercado global, investidores estarão atentos, no cenário doméstico, à divulgação do IBGE dos números do desemprego para os três meses terminados em outubro, às 9h. A manhã que começou com a informação da FGV de que a confiança do setor de serviços recuou pelo segundo mês consecutivo em dezembro terá ainda a divulgação pelo Banco Central de dados sobre o desempenho do crédito em novembro, às 9h30.
Já chega a 738 o número de auditores da Receita Federal que entregaram os seus cargos de chefia em protesto contra o governo. Todas as áreas são afetadas pela paralisação, principalmente as alfândegas, portos, aeroportos e fronteira. A crise, gerada pela decisão de Bolsonaro de privilegiar os policiais federais, com verbas prevendo reajuste salarial a essa categoria no Orçamento para 2022, não tem uma solução à vista.
Ibovespa
O Ibovespa subiu na segunda-feira, depois de duas quedas consecutivas, acompanhando o desempenho positivo das bolsas no exterior e ainda sob influência de uma liquidez baixa por conta dos feriados de final de ano. O IBOV avançou 0,63%, a 105.554,40 pontos, com volume financeiro de R$ 33 bilhões. O IBOV segue em uma tendência de baixa no longo prazo ao cruzar abaixo da média móvel de 200 períodos e formar topos e fundos descendentes. Qualquer movimento positivo neste momento será considerado um repique de alta, dentro da tendência principal de baixa, portanto é necessário mais tempo e mais confirmações para reverter esta tendência. Porém, ao se manter acima do nível dos 100 mil pontos, é um sinal positivo para que seja formado um fundo neste preço e iniciar uma consolidação acima deste.
Indicadores econômicos e eventos |
Reino Unido: Feriado mantém os mercados fechados |
BGE: Taxa de desemprego do trimestre até outubro (Pnad contínua) (9h) |
BC: Nota de crédito de novembro (9h30) |