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Finanças

Morning Call: dados de desaceleração da China traz sentimento de cautela hoje

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

Cenário global e bolsa de valores

Hoje, as bolsas da China fecharam em baixa e podem trazer instabilidade para as demais bolsas globais, com dados frustrantes sobre a atividade industrial e no varejo em agosto, que atingiram níveis mínimos em um ano e pesou sobre o sentimento do investidor, enquanto novos surtos de Covid-19 também levantaram preocupações sobre a recuperação da segunda maior economia do mundo. A produção industrial avançou 5,3% em agosto em relação ao ano anterior, depois de alta de 6,4% em julho e marcando o ritmo mais fraco desde julho de 2020 (a expectativa era de um avanço de 5,8%). Os gastos dos consumidores também foram afetados pelo aumento de casos locais de Covid-19 e pelas enchentes, com as vendas avançando apenas 2,5% em agosto sobre o mesmo período do ano anterior, bem abaixo da previsão de alta de 7,0% e o ritmo mais fraco desde agosto do ano passado.

As bolsas europeias abriram em queda nesta quarta-feira, já que temores sobre a desaceleração da economia chinesa e quedas nos papéis de empresas de luxo e viagens deixavam os principais índices sob pressão. Porém, o viés é positivo para as bolsas europeias com o otimismo de uma recuperação econômica estável que deve permanecer no continente, o índice europeu STOXX 600 está em um processo de correção no mês de setembro, após sete altas mensais consecutivas (assim como o S&P 500 nos EUA), com os investidores precificando dúvidas sobre o crescimento global e as perspectivas de política monetária.

Cenário no Brasil 

Nesta quarta-feira, o dado mais aguardado no mercado doméstico é o IBC-Br de julho (9h), divulgado pelo Banco Central e considerado uma prévia do PIB. Há uma expectativa em torno deste número depois de várias revisões para baixo nas projeções para a atividade econômica brasileira. Pesquisa da Reuters estima avanço de 0,40%, em meio a revisões por analistas que já levam a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto do Brasil em 2022 a menos de 1%. As revisões em baixa do PIB/22, em tese, justifica um Copom mais dovish na próxima semana, mas a convicção de que o BC está atrás da curva e pode perder o controle das expectativas inflacionárias provocou muitas críticas à mudança de discurso de Campos Neto, em evento do BTG, que impôs forte correção à curva do DI e puxou o dólar. A política também segue no radar, com a Comissão especial da Câmara dos Deputados dando seguimento à discussão da reforma administrativa. A Casa também pode continuar a votação do novo Código Eleitoral.

Ibovespa

O Ibovespa fechou com leve baixa nesta terça-feira, impactado pela piora das bolsas de Wall Street, além do declínio de empresas com grande peso no índice, como Vale, Petrobras, Bradesco e Itaú Unibanco, enquanto investidores seguiram atentos à política doméstica. O Ibovespa caiu 0,19%, a 116.180,55 pontos, com volume financeiro: R$25,6 bi. O IBOV entrou em uma tendência de baixa no longo prazo ao cruzar abaixo da média móvel de 200 períodos, além disso, um movimento de queda no curto prazo já foi consolidado, após encontrar grandes dificuldades de seguir acima dos 130 mil pontos, em seguida romper abaixo dos 124 mil, 120 mil pontos e por último os 115 mil pontos e segue se afastando abaixo da média móvel curta (21 períodos).

Indicadores econômicos e eventos
BC: IBC-BR de julho (9h)
BC: Fluxo cambial semanal (14h30)
BC: Fluxo cambial semanal (14h30)
EUA: índice de atividade industrial de setembro (9h30)
EUA: produção industrial de agosto (10h15)
EUA / DoE: Estoques de petróleo da semana até 10/09 (11h30)

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