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Finanças

Morning Call: dados econômicos e ata do Copom marcam a semana

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

Cenário global e bolsa de valores 

Os índices dos mercados asiáticos ainda apresentam uma performance irregular após uma semana de grande imprevisibilidade com as atualizações do caso da incorporadora Evergrande, que havia anunciado o risco de crédito em suas dívidas por conta do seu nível de alavancagem. Com a falta de transparência no plano de ajuda na reestruturação da empresa e suas dívidas, o governo chinês continua buscando soluções para impedir que a gigante gere um efeito dominó na economia asiática e com possíveis efeitos nos mercados globais enquanto injeta 100 bilhões de yuans, o equivalente a US$ 15,5 bilhões no sistema financeiro chinês  No fim do pregão da segunda feira, o índice da bolsa do Japão teve queda de 0,03%, Shanghai: -0,84%, Hang Seng: +0,07% e Coreia do Sul +0,27%.

Na Europa, a semana começa com desempenho positivo após as eleições na Alemanha, que indicam o Partido Social-Democrata com Olaf Scholz como vencedor de acordo com os resultados divulgados, marcando uma troca de poderes já que o partido União Democrata Cristão, de Angela Merkel, ficou sem segundo lugar. Agora o partido vencedor precisa liderar uma série de negociações para formar alianças que permitam uma forma de governo com maior apoio. O índice da bolsa alemã tem alta de 0,35%, Reino Unido: 0,05%, França: +0,26%, Espanha: 1,10% e o índice Euro Stoxx: +0,20%.

Cenário no Brasil

Por aqui, a PEC dos Precatórios deve ser apresentada pelo seu relator, deputado federal Hugo Motta (Republicamos-PB) nessa segunda feira na Câmara com a discussão sobre o pagamento de R$ 89 bilhões de precatórios e a melhor alternativa para que o Governo libere espaço no teto de gastos para financiar o programa Auxílio Brasil em substituição do Bolsa Família.

Será divulgada na terça feira, 28/09, a ata do Copom onde os detalhes da visão e expectativas atualizadas do comitê serão compartilhadas reforçando o movimento de alta da Selic, que atualmente está em 6,25% a.a. como forma controlar a inflação que chega a 9,68% pelo IPCA acumulado de 12 meses de agosto.

Na quinta feira, 30/09, o Banco Central divulga o Relatório de Inflação do 3º trimestre. Na semana, além do Relatório Focus mostrar uma visão atualização do mercado pós reunião do Copom, o mercado deve reagir a divulgação do IGP-M de setembro e do IPP de agosto, ambos na quarta feira, 29/09. Na semana também serão divulgados os dados do Caged de agosto na terça feira, 28/09, e a Pnad Contínua de agosto na quinta, 30/09.

Ibovespa

Fonte: TradingView

O índice continua sua tendência de queda ao fechar a semana em 113.282,67 pontos. Sem muitas surpresas em seu comportamento, o índice que representa a bolsa brasileira deve manter a direção enquanto não houver uma saída definitiva à questões políticas e orçamentárias.
A região dos 110/109 mil pontos pode servir como suporte abaixo imediato com níveis em 107 mil pontos que possam servir como pontos de correção assim como observado em no início de fevereiro de 2021 e na semana passada.

Juros

Na semana passada, a curva de juros apresentou uma queda em quase todos os vencimentos nos dias pré Super Quarta (dia de divulgações de políticas monetárias do Brasil e EUA). Após os resultados das reuniões, as taxas voltaram a subir inclusive após a divulgação do IPCA-15 de setembro com alta de 1,14% frente à expectativa de 1,02% do mercado. Os juros continuam chamando a atenção pois os vencimentos a partir de 2025 já são negociados com taxas superiores à 10%.

Dólar

Fonte: TradingView

O dólar segue a tendência de valorização mesmo com a crescente diferença entre os juros brasileiros e norte americanos. Aos R$ 5,34, a moeda se aproxima da média móvel de 200 períodos no gráfico diário, atualmente em R$ 5,38, que deve servir como uma resistência ou um ponto de correção.

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