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Finanças

Morning Call: IBOV abaixo dos 115 mil pontos, sinal de alerta ligado!

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques do pregão anterior e uma breve análise do índice Bovespa.

  • Retrospectiva do fechamento: 

O Ibovespa fechou em queda pelo segundo pregão consecutivo nesta terça-feira, pressionado por receios sobre o avanço da Covid-19 na Europa e potenciais reflexos na recuperação da atividade econômica mundial, com o preço do petróleo despencando cerca de 6%. O IBOV caiu 1,49%, a 113.261 pontos, com Vale e Petrobras entre os maiores pesos negativos, enquanto IRB Brasil foi destaque de alta após divulgação do lucro de R$ 17,9 milhões em janeiro. O volume financeiro da sessão ficou abaixo da média diária e somou R$ 26,77 bilhões. Dados sobre a participação de estrangeiros no segmento Bovespa da B3 mostram saída líquida de R$ 1,8 bilhão em março até o dia 19, porém com o aumento da taxa de juros, espera-se que o capital estrangeiro permaneça por mais tempo nos mercados brasileiros e parte deste fluxo poderá ir para a bolsa.

  • Câmbio: 

O dólar se recuperou no final do dia e fechou próximo da estabilidade ontem, influenciado pela piora no sentimento externo, porém o real teve desempenho bem melhor que seus pares emergentes, com investidores reagindo a sinalização do Banco Central de mais elevações de juros. Dólar/Real: -0,04%, a R$ 5,5168.

  • Mercado hoje: 

O presidente Jair Bolsonaro realiza reunião sobre o enfrentamento à pandemia um dia depois de ser alvo de panelaços, enquanto no exterior a quarta-feira começa marcada por aversão ao risco diante de temores sobre nova onda de infecções na Europa.

O presidente Jair Bolsonaro realiza reunião sobre o enfrentamento à pandemia um dia depois de ser alvo de panelaços. Ontem, dia em que o Brasil registrou um novo recorde de mortes pela Covid-19, o presidente afirmou que o governo federal fará de 2021 o ano da vacinação dos brasileiros contra a doença, em um pronunciamento em rede nacional marcado por protestos contra ele.

O mercado deve ficar de olho ainda na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021, cujo parecer final deve começar a ser discutido pela Comissão Mista de Orçamento (CMO), com previsão de votação pelo Congresso Nacional na quinta-feira.

No exterior, os temores em relação a uma nova onda da pandemia na Europa e potenciais aumentos de impostos nos Estados Unidos afetavam a demanda por ativos de maior risco. Como consequência destes dois fatos, Na Europa, a Alemanha prorrogou seu lockdown que poderá ser adotado por outros países continente também e, nos EUA, a secretária do Tesouro, Janet Yellen, disse que futuros aumentos de impostos serão necessários para bancar investimentos públicos, levando o dólar a máximas em quase quatro meses.

Zona do euro/IHS Markit: PMI Composto (preliminar) sobe a 52,5 em março, ante projeção de 49,1; PMI Industrial (preliminar) cresce a 62,4 em março, ante previsão de 57,6; PMI de Serviços (preliminar) sobe a 48,8 em março, ante previsão de 46. Mesmo com bons PMIs, as bolsas da Europa operam em queda pelo temor da pandemia; bolsa de Frankfurt cai 0,41%, Londres -0,32%, Paris -0,28% e Madri -0,44%.

NY: o humor é melhor em Wall Street; futuro de Dow Jones sobe 0,22%, S&P 500 +0,28% e Nasdaq +0,67%; yield da T-note de 10 anos cai a 1,62250 ( de 1,62510% no fechamento de ontem); Petróleo tipo Brent sobe 2,17%, para US$ 62,11 o barril; Ouro sobe 0,29%, cotado a US$ 1.730,05 a onça-troy.

Ásia: coronavírus se mantém como preocupação e bolsas asiáticas fecham em baixa; Tóquio (Nikkei) recua 2,04%; Seul (Kospi) desvaloriza 0,28%; na China Continental, Xangai Composto registrou queda de 1,30%.

IBOV: o índice Bovespa segue em um processo de correção no curto prazo, porém ao operar próximo do nível dos 115 mil pontos, interrompe temporariamente o movimento mais forte de baixa e começa a consolidar uma congestão, o que é positivo neste momento. No período mais longo, ainda se preserva acima da média móvel de 200 períodos (linha azul), mantendo portanto, uma tendência de alta no longo prazo.

Abaixo dos 115 mil pontos, devemos ficar atentos aos próximos movimento do IBOV, que poderá buscar o fundo anterior em torno de 109.000 e existem vários motivos para isso ou voltar para a consolidação (movimento lateral) em 115 mil pontos, que seria um sinal de força da bolsa brasileira.

Indicadores
Brasil:
FGV: confiança do comércio em março (8h)
FGV: IPC-S Capitais da segunda quadrissemana de março (8h)
BC: fluxo cambial semanal (14h30)
Tesouro Nacional divulga Relatório Mensal da Dívida do mês de fevereiro (14h30)
EUA: 
Deptº do Comércio: encomendas de bens duráveis em fevereiro (9h30)
Jerome Powell (Fed) e Janet Yellen (Tesouro) testemunham ao Senado (11h)
DoE: estoques de petróleo (11h30)
IHS Markit: leitura preliminar do PMI composto de março (10h45)
Europa:
IHS Markit: leitura preliminar do PMI composto de março: Alemanha; Zona do euro; Reino Unido
Zona do euro/Comissão Europeia: prévia da confiança do consumidor de março (12h)

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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