Destaques:
- Hoje, as bolsas europeias abriram em forte queda em meio a decretação de calamidade por segunda onda da Covid, que ameaça o continente; há instantes, a Bolsa de Frankfurt caía 2,8%, Londres (-2,20%), Paris (-2,30%), Madri (-2,01%), Milão (-2,75%), Lisboa (-1,60%);
- No pré-mercado de Nova York, além das restrições a atividade na Europa por conta da Covid, também pesa a frustração com falta de acordo para pacote de socorro à economia; Dow Jones futuro recua 0,99%, S&P 500 (-0,95%), Nasdaq (-1,34%);
- Mais cedo, as bolsas asiáticas já precificavam a falta de socorro fiscal nos EUA e riscos da Covid; Xangai recuou 0,26%, Japão (-0,51%), Hong Kong (-2,06%), Seul (-0,81%).
Cenário global e bolsa brasileira ontem:
- A declaração do secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, de que dificilmente haverá um acordo sobre o pacote fiscal antes da eleição presidencial, em 3 de novembro, foi desfavorável aos investidores em Wall Street. Mas as bolsas reduziram as quedas após o assessor econômico da Casa Branca ter dito que não abandonaram as negociações;
- Entre os destaques de baixa, estiveram os bancos Bank of America (-5,33%) e Wells Fargo (-6,02%), que divulgaram balanços abaixo das expectativas dos analistas;
- Aqui, os dados macroeconômicos deram um gás na bolsa. Segundo o IBGE, o volume de serviços prestados na economia em agosto ante julho subiu 2,9%, superando a expectativa (+2,5%) e a alta de julho (+2,6%);
- Também o clima político continua mais tranquilo, sem novidades negativas na agenda das reformas. O Ibovespa fechou em alta de 0,84%, aos 99.334,43 pontos, com giro financeiro de R$ 26,4 bilhões.
Análise Gráfica – IBOV:
- No gráfico diário do Índice Bovespa, ontem o IBOV deu mais um passo na tentativa de reversão da tendência de baixa, ao deixar ainda mais para trás o fundo formado no dia 29 de setembro aos 93.400 pontos e conseguir romper o nível dos 98.300;
- Para consolidar ainda mais este movimento de recuperação, o índice conseguiu fechar pelo quarto pregão consecutivo acima das médias móveis de curto e longo prazo (21 e 200 períodos);
- Com os mercados globais majoritariamente em queda hoje, a bolsa brasileira pode ser contaminada e seria natural uma correção até a média móvel (97.000), nos próximos dias, antes de tentar buscar o nível dos 100 mil pontos novamente;
- Suporte: 93.400 (mínima de 29 de setembro)
- Resistência: 98.300
Indicadores |
Brasil: |
IBC-Br (Banco Central) |
Balanço: CSN (após o fechamento) |
EUA: |
Estoques de petróleo (DOE) |
Índice Empire State de atividade industrial (Fed de NY) |
Índice do setor de manufatura (Fed da Filadélfia) |
Pedidos de seguro-desemprego semanal (Departamento do Trabalho) |
Balanço: Morgan Stanley (antes da abertura) |
* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico.