Cenário global e bolsa de valores
No cenário global de hoje, Rússia e Ucrânia realizam na Turquia suas primeiras discussões presenciais em mais de duas semanas, com os ucranianos buscando um cessar-fogo sem ceder em questões territoriais ou de soberania conforme suas forças repeliram os russos de Kiev. O possível acordo de paz ajudou a derrubar o petróleo ontem, junto com os lockdowns na China contra a alta da covid. Os mercados internacionais ainda são afetados pelas crescentes apostas em um aperto de juros mais agressivo pelo Fed, nos EUA.
O lockdown na cidade de Xangai em razão do aumento dos casos de covid fez com que as principais bolsas da China Continental terminassem a terça-feira em queda. O índice Xangai perdeu -0,33% e o Shenzhen caiu -0,57%. Nos demais mercados asiáticos, o dia foi positivo com os investidores aguardando as negociações entre as delegações russa e ucraniana que serão retomadas hoje. O Nikkei valorizou-se em Tóquio e encerrou o dia com alta de +1,10% enquanto o Hang Seng avançou +1,12% em Hong Kong. Já as bolsas europeias estão operando em alta consistente nesta manhã à medida que os investidores estão no aguardo da retomada das negociações do conflito no leste europeu. Com esse cenário, na abertura, Londres operava em alta de +1,12%, Frankfurt, +1,71%, Paris, +2,44%; Madrid, +1,70% e Stoxx 600, +1,30%.
Pré em NY: Futuros: Dow Jones (+0,44%), S&P 500 (+0,47%), Nasdaq (+0,49%); Treasuries: T-note de 10 anos a 2,51150 (de 2,46330); Petróleo: Brent a US$ 113,03 (+0,49%); WTI a US$ 106,09 (+0,12%); Ouro: -1,39%; US$ 1.913,80 a onça-troy.
Cenário no Brasil e Ibovespa
A troca na presidência da Petrobras e a saúde do presidente Jair Bolsonaro devem ocupar o foco nesta terça-feira. Na véspera, após críticas do presidente sobre a alta nos preços de combustíveis, o governo federal indicou Adriano Pires para a presidência-executiva da Petrobras, no lugar do general da reserva Joaquim Silva e Luna. Pires é defensor histórico da paridade de preços da Petrobras em relação às cotações internacionais, e já defendeu a privatização da companhia.
Além disso, o investidor doméstico deve se ajustar à mensagem do BC, de que vai parar de subir a Selic em maio, devolvendo prêmios na curva DI, enquanto o dólar sobe diante dos limites definidos para o carry trade e o fluxo. O principal índice da B3 caiu ontem, com a queda do petróleo aliada a um movimento de correção em ativos domésticos, após oito altas seguidas, mas as bolsas de Wall Street ajudaram a limitar perdas, com reação positiva por lá. No acumulado de março, saldo de investimento estrangeiro líquido na B3 é positivo em R$ 25,37 bilhões; no ano, o saldo é positivo em R$ 87,99 bilhões. O Ibovespa caiu 0,29%, a 118.737,78 pontos, com volume financeiro R$ 22,5 bilhões.
Indicadores econômicos e eventos |
Brasil: Balanços de Aliansce Sonae, Boa Safra Sementes, Bradespar, Cemig, Copasa, Grupo SBF, Méliuz, Qualicorp e Rede D’Or |
FGV: Confiança da indústria em março (8h) |
EUA: Presidente do Fed de NY, John Williams, discursa em série de cultura do Fed de NY (10h) |
Ministério do Trabalho: Divulgação dos dados do Caged de fevereiro (10h30) |
Ministro Onyx Lorenzoni comentará números do Caged em coletiva (11h) |
EUA/Conference Board: índice de confiança do consumidor em março (11h) |
EUA: Relatório Jolts de Emprego de fevereiro (11h) |
EUA/API: estoques de petróleo da semana até 25/03 (17h30) |
Chile: BC divulga decisão de política monetária (18h) |