Cenário global e bolsa de valores
Hoje, no cenário global, o clima é otimista, com os futuros de Wall Street em alta depois de recordes no mercado acionário norte-americano ontem. A expectativa positiva com os balanços das high techs renova recordes em NY, hoje com Google, Microsoft, Twitter, após o fechamento do mercado. As bolsas asiáticas subiram, mas na China o mercado foi pressionado depois de a Incorporadora chinesa Modern Land deixar de pagar bônus.
As bolsas europeias sobem nesta terça-feira, voltam a se aproximar do topo histórico e alcançam as máximas em sete semanas, em parte, puxada pelos balanços corporativos referentes ao terceiro trimestre do ano, com fortes resultados do banco UBS e outras companhias contribuindo para o otimismo geral dos investidores no continente e que de certa forma acaba contagiando outros mercados globais. Além disso, o sentimento global no mercado financeiro melhorou, após as máximas históricas em Wall Street no pregão de ontem.
Os mercados de ações estão indo muito bem nas maiores economias do mundo, mas devemos lembrar que os resultados atuais das empresas no terceiro trimestre é “retrovisor”, ou seja, passado e apesar de serem importantes termômetros neste momento de recuperação econômica, o mercado começa a olhar daqui para frente como as empresas vão reagir ao novo cenário de alta dos preços da energia, inflação, redução de estímulos monetários e da ameaça de taxas de juros mais altas. Além disso, crises pontuais na China, como no mercado imobiliário que pode se estender para o setor bancário e a crise energética também devem fazer preço daqui para frente.
Futuros: Dow Jones (+0,29%), S&P 500 (+0,40%), Nasdaq (+0,66%); Petróleo: Brent a US$ 85,62 (-0,43%); Ouro: -0,13%, a US$ 1.804,40 a onça-troy na Comex; Treasuries: T-note de 10 anos a 1,62040 (de 1,63350); Londres (+0,63%) a 7.268.58; Frankfurt (+0,91%) a 15.741,51; Paris (+0,61%) a 6.753,63; Madrid (+0,67%) a 8.981,00.
Cenário no Brasil
Na agenda, o IPCA-15, dados do Caged e da arrecadação precedem o Copom de amanhã, que dará a resposta à preocupação que se estabeleceu no quadro fiscal depois de o governo furar o teto de gastos, deixando o mercado sem confiança. Nesta segunda-feira que passou, uma série de revisões piorou as estimativas para a inflação e o PIB. Voltando ao IPCA-15 de outubro, que em 12 meses deve se manter acima do pressionado nível de 10% num momento em que as perspectivas de inflação se deterioram junto com o cenário geral para a economia devido a temores fiscais. O mercado analisa ainda desdobramentos de notícias de estudos do governo para privatização da Petrobras, enquanto acompanha o desenrolar da PEC dos Precatórios no Congresso.
Ibovespa
Uma disparada das ações da Petrobras após anúncio de reajuste nos preços de combustíveis, além do comentário de Paulo Guedes e Bolsonaro sobre “estudos” para privatizar a Petrobras, deu impulso ao Ibovespa no pregão de ontem, embora as perspectivas para a economia seguiram se deteriorando. O Ibovespa se recuperou forte e avançou 2,28%, a 108.714,55 pontos, com volume financeiro de R$ 32,17 bilhões.
O IBOV entrou em uma tendência de baixa no longo prazo ao cruzar abaixo da média móvel de 200 períodos e formar topos e fundos descendentes, além disso, um movimento de queda no curto prazo já foi consolidado, após operar abaixo da média móvel curta (21 períodos) e romper o fundo formado no dia 20 de setembro aos 107.500 pontos. Qualquer movimento positivo neste momento será considerado um repique de alta, dentro da tendência principal de baixa, portanto sendo necessário mais tempo e mais confirmações para reverter esta tendência.
Indicadores econômicos e eventos |
EUA: Balanços de 3M e General Electric, antes da abertura do mercado, e de Alphabet (Google), Microsoft, Twitter e Visa, após o fechamento do mercado |
Brasil: Balanços de Klabin, antes da abertura do mercado, e de Banco Inter e Marfrig, após o fechamento do mercado |
Primeiro dia de reunião do Copom |
FGV: IPC-S Capitais da 3ª quadrissemana de outubro (8h) |
IBGE: IPCA-15 de outubro (9h) |
Caged projeta criação líquida de 360.000 postos de trabalho em setembro (10h) |
EUA/Conference Board: índice de confiança do consumidor em outubro (11h) |
EUA/NAR: vendas de novas moradias em setembro (11h) |
Receita: Arrecadação federal em setembro (15h30) |
EUA/API: estoques de petróleo da semana até 22/10 (17h30) |
China/NBS: lucro industrial em setembro (22h30) |