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Finanças

Morning Call: sem surpresas, o mercado repercute decisões dos Bancos Centrais

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

Cenário global e bolsa de valores 

Nesta quinta-feira, os mercados externos devem repercutir ainda os planos do Federal Reserve para começar a reduzir o estímulo nos Estados Unidos. Apesar do alívio em relação à crise com a gigante do setor imobiliário chinês Evergrande, os investidores agora esperam a confirmação do pagamento de 83,5 milhões de dólares em juros de um título “offshore” que vencem hoje. Mas voltando ao tema de política monetária, na véspera o Fed disse que provavelmente começará a reduzir suas compras mensais de títulos já em novembro, e sinalizou que altas dos juros podem se seguir mais rapidamente que o esperado, provavelmente no decorrer de 2022. Sem surpresas até aqui, pois o mercado só fala disso há meses e por isso não sofreu impactos negativos na segunda metade do pregão de ontem. 

As Bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em alta nesta 5ª, depois que a ação da Evergrande disparou em Hong Kong. Na volta do feriado, o índice Hang Seng subiu 1,19% graças a uma recuperação de ações de incorporadoras imobiliárias ligadas à Evergrande, que informa estar caminhando para resolver sua crise de liquidez. O papel da empresa subiu 17,62% depois de disparar 32% na primeira metade da sessão. Mas ainda acumula perda de mais de 80% desde o início do ano. Ontem, uma subsidiária da Evergrande prometeu honrar o pagamento de juros sobre bônus que vencem nesta quinta-feira. Na China, o Xangai subiu 0,38%, em Seul, o Kospi perdeu 0,41% no retorno de um feriado de três dias. Tóquio não operou em razão de feriado nacional no Japão.

As bolsas europeias se recuperavam pelo terceiro dia consecutivo, à medida que o sentimento global melhorava em meio a alívio de preocupações sobre a endividada China Evergrande, enquanto os produtores de peças de automóveis saltavam após a atualização de balanço da Faurecia, a empresa francesa teve alta de 6,4%, uma vez que uma forte perspectiva de fluxo de caixa superou as metas financeiras mais baixas para 2021, devido a redução acentuada na produção automotiva mundial. O índice pan-europeu STOXX 600 ganhava 0,95%, buscando terminar a semana com ganhos sólidos após uma forte liquidação na segunda-feira. Os papéis de tecnologia e automóveis apresentavam o melhor desempenho no dia, avançando mais de 1,5% cada.

Futuros: Dow Jones (+ 0,66%), S&P 500 (+ 0,72%), Nasdaq (+ 0,76%); Petróleo: Brent a US $ 76,09 (-0,13%); Ouro: -0,44%, a US $ 1.771,00 a onça-troy na Comex; Tesouraria: T-note de 10 anos a 1.34050 (de 1.30910); Bolsas na Europa AGORA; Londres (+ 0,31%) a 7.105,72; Frankfurt (+ 1,13%) a 15.681,63; Paris (+ 1,09%) a 6.709; Madrid (+ 0,84%) a 8.882,40.

Cenário no Brasil

No fim da quarta-feira, o Banco Central do Brasil aumentou a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, ao patamar de 6,25% ao ano, e indicou que irá avançar em “território contracionista” ao dar sequência ao seu agressivo ciclo de aperto monetário para domar uma inflação que tem se mostrado mais persistente. Na agenda, a Receita divulga a arrecadação de agosto (14h), que permitiu ao governo melhorar a previsão do déficit primário para este ano, enquanto o Tesouro faz leilão de prefixados.

Ibovespa

O principal índice de ações brasileiras teve alta sólida na quarta-feira, refletindo alívio de investidores com medidas do governo chinês para evitar pânico no setor imobiliário e após a autoridade monetária dos Estados Unidos indicar gradual redução de estímulos à economia, em linha com o esperado. O Ibovespa avançou 1,84%, a 112.282,28 pontos, com volume financeiro acima da média, de R$ 36 bilhões. O Investidor estrangeiro retirou da B3 R$ 1,31 bilhão no dia 21/09. No acumulado de setembro, o saldo é negativo em R$ -2,52,8 bi; no ano, o saldo é positivo em R $ 44,59 bilhões. 

Apesar do repique de alta nos últimos dias, o IBOV entrou em uma tendência de baixa no longo prazo ao cruzar abaixo da média móvel de 200 períodos e formar topos e fundos descendentes, além disso, um movimento de queda no curto prazo já foi consolidado, após encontrar grandes dificuldades de seguir acima dos 130 mil pontos, em seguida romper abaixo dos 124 mil, 120 mil pontos, por último os 115 mil pontos e segue se afastando abaixo da média móvel curta (21 períodos).

Indicadores econômicos e eventos
Japão Feriado mantém mercados fechados
Alemanha / IHS Markit: PMI composto preliminar de setembro (4h30)
Zona do euro / IHS Markit: PMI composto preliminar de setembro (5h)
Reino Unido / IHS Markit: PMI composto preliminar de setembro (5h30)
Turquia: BC divulga decisão de política monetária (8h)
Reino Unido: BoE divulga decisão de política monetária (8h)
FGV: IPC-S da 3ª quadrissemana de setembro (8h)
CPI da Covida: Danilo Berndt Trento, diretor da Precisa, presta depoimento (9h30)
EUA / Fed Chicago: índice de atividade nacional de agosto (9h30)
EUA / Dpto Trabalho: Pedidos de auxílio-desemprego da semana até 18/09 (9h30)
África do Sul: BC divulga decisão de política monetária (10h)
EUA / IHS Markit: PMI composto preliminar de semana (10h45)
Receita: arrecadação de agosto (14h)

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