Os investidores não esconderam o alívio. As bolsas americanas dispararam logo após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado uma pausa de 90 dias nas tarifas para quase todos os países, menos a China.

O S&P 500 registrou o melhor desempenho diário em 17 anos nesta quarta-feira, enquanto o Nasdaq fechou com a maior alta em 24 anos e o segundo melhor ganho diário de sua história. Já o Dow Jones Industrial Average disparou quase 3 mil pontos, com o avanço mais forte desde março de 2020.

O Dow Jones subiu 2.962,86 pontos, ou 7,87%, encerrando o dia em 40.608,45 pontos. O S&P 500 avançou 474,13 pontos, ou 9,52%, encerrando aos 5.456,90 pontos. O Nasdaq disparou 1.857,06 pontos, ou 12,16%, fechando a 17.124,97 pontos.

As altas desta quarta-feira basicamente apagaram as perdas vistas desde a quinta-feira passada, quando as bolsas começaram a recuar com mais força. O Dow Jones agora acumula leve ganho de 0,15% ante o fechamento do dia 3. O S&P 500 registra um avanço de 1,11% no mesmo período. O Nasdaq agora sobe 3,47% frente ao nível que estava cinco pregões atrás.

No Brasil, o Ibovespa subiu 3,19%, fechando a 127.881,16 pontos. A alta interrompeu uma sequência de quatro pregões seguidos de queda, período em que acumulou uma perda de 5,5%.

O dólar, que chegou a flertar com um nível de R$ 6,10 na sessão, virou logo após a pausa tarifária ser anunciada. A moeda americana então passou a cair e encerrou o dia na casa de R$ 5,8467, com baixa de 2,53%. Em abril a divisa dos EUA ainda acumula elevação de 2,45%.

Pausa das tarifas causa euforia nos mercados

A virada dos mercados se consolidou na parte da tarde após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter dito que autorizou uma pausa de 90 dias como parte de seu plano tarifário. Trump também anunciou que vai aumentar as taxas para a China para 125%, com vigência imediata.

Trump usou o argumento de que a China estaria demonstrando “falta de respeito aos mercados mundiais”. A decisão foi divulgada em um post na rede social Truth Social.

Trump afirmou que mais de 75 países teriam procurado representantes do governo americano — incluindo os departamentos de Comércio, Tesouro e o Representante de Comércio (USTR) — para discutir questões como barreiras comerciais, manipulação cambial e tarifas não monetárias.