A disparada dos preços dos combustíveis nos EUA é um dos fatores que ameaçam derrubar as ações do país, segundo Erin Browne, da Pimco.
Os investidores não estão precificando os riscos de uma recessão, e acidentes de percurso com a alta do petróleo podem fazer com que o índice S&P 500 caia cerca de 15%, disse em entrevista o gestor de estratégias de ativos múltiplos da gigante de investimentos.
“O petróleo é um dos maiores desafios para o Fed”, disse Browne. A alta do petróleo colocará pressão sobre os preços de bens duráveis e prejudicará a economia, tornando “difícil para a Fed ir de encontro às expectativas do mercado de três cortes de juros no ano que vem”.
Mas o gestor espera um pouso suave da economia americana, com crescimento menor do PIB, mas inflação ainda elevada.
O mercado de swaps de juros americano atualmente precifica cerca de três cortes de juros em 2024, uma sinalização de que a economia deverá se enfraquecer. Por outro lado, os analistas de ações continuam otimistas, prevendo lucros mais fortes.
Para a Pimco, uma das razões por trás desta divergência é que as empresas ainda não indicaram ter visto qualquer desaceleração real nas suas vendas. E com a queda da inflação, como se espera que continue a acontecer em 2024, isso ajudaria nas margens.
Além disso, Browne espera que alguns dos setores mais orientados para o consumo e empresas de semicondutores reabasteçam os seus inventários em 2024, o que também pode ser um indicador de uma demanda mais forte por bens e levar a uma trajetória de lucros robusta.
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