Se o governo tem o poder de emitir moeda, por que não criar um monte de dinheiro e resolver de uma vez a crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus? E se o governo pode imprimir dinheiro, por que há tanta preocupação sobre o aumento dos gastos públicos?
No Cafeína de hoje, Samy Dana e Priscila Yazbek explicam quais são as ferramentas do governo para ampliar a circulação de moeda e respondem: quais são os efeitos do aumento de gastos e da impressão de dinheiro na economia? Você vai entender por que as crises econômicas, infelizmente, não são resolvidas em um passe de mágica.
Entre os pontos discutidos: os efeitos das políticas monetárias, que dizem respeito ao crédito; quais são as possíveis consequências do aumento de gastos para combater a pandemia da covid-19; e como funciona o afrouxamento quantitativo, ou no inglês “quantitative easing”, que permite aos bancos centrais comprar diretamente títulos públicos ou privados, como acontece nos Estados Unidos.
Esse último tópico, inclusive, tem tudo a ver com a “PEC do Orçamento de Guerra“, que foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados, na sexta-feira à noite. O projeto de emenda à Constituição tem o objetivo de criar um orçamento paralelo para vigorar durante o período de calamidade pública e assim evitar que os gastos emergenciais perdurem após a crise. Um dos pontos da PEC autoriza o Banco Central a comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional e títulos privados, permitindo o o afrouxamento quantitativo no Brasil. A aprovação em primeiro turno aconteceu após a gravação do Cafeína, por isso Samy e Priscila acrescentaram na pós-edição um comentário sobre o assunto
E para fechar, tem também a estreia do quadro “Pensata do Samy” um espaço para refletir e divagar sobre curiosidades, números e questões aleatórias do universo econômico.