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Previ terá até R$ 2 bilhões para aplicar em IPOs no 2º semestre

Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil tem R$ 3 bilhões previstos em orçamento para investir em ‘novatas’ da bolsa neste ano.

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Maior fundo de pensão do Brasil, a Previ tem previstos no orçamento R$ 3 bilhões para ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) em 2021. Desse valor, R$ 1 bilhão foi aplicado na primeira metade do ano. O diretor de investimentos da entidade, Marcelo Wagner, diz que a intenção é participar da safra de ofertas prevista para o segundo semestre.

Em 2020, a Previ montou uma equipe de trabalho para avaliar e selecionar empresas candidatas a ofertas públicas de ações. Desde então, o fundo investiu no lançamento dos papéis de Petz (PETZ3), Rede D’Or (RDOR3), Caixa Seguridade (CXSE3), Grupo Mateus (GMAT3) e Quero-Quero (LJQQ3), entre outros. “Estamos atentos às empresas que estão se candidatando ao IPO. É um trabalho conjunto com as áreas de planejamento, risco, participações”, afirma o diretor de investimentos da Previ.

Um dos maiores investidores institucionais do País, com carteira de mais de R$ 100 bilhões em renda variável, a Previ inclui em suas escolhas de investimentos um filtro com critérios ambientais, sociais, de governança e integridade – práticas que a entidade chama de ASGI, acrescentando um critério ao acrônimo original, o ASG.

Apesar dos investimentos previstos nos IPOs, a renda variável seguirá perdendo peso na carteira de investimentos da Previ, sobretudo do Plano 1, maior e mais antigo dos funcionários do Banco do Brasil (BBAS3). Desde 2018, o Plano 1 da entidade vendeu ações de 28 empresas e reduziu em mais de R$ 35 bilhões sua exposição à Bolsa. Os ativos desse plano estavam em R$ 222 bilhões em 30 de abril.

“Mais de 95% das pessoas do Plano 1 já estão aposentadas. É um plano maduro, em fase de pagamento de benefícios. Isso significa que precisamos vender ativos para pagar os benefícios”, explica Wagner.

O Plano 1 da Previ alcançou um superávit acumulado de R$ 21,65 bilhões nos quatro primeiros meses deste ano. A rentabilidade até abril era de 7,29%, quase o dobro da meta atuarial no período (3,94%). O Previ Futuro, que tinha sido mais afetado pela volatilidade do mercado no primeiro trimestre, teve desempenho positivo em abril. A rentabilidade acumulada do plano no ano é de 1,07%.

A Previ também está retomando o processo de diversificação do portfólio, suspenso durante o cenário de maior incerteza da pandemia, em 2020. A entidade tem reservados investimentos de aproximadamente R$ 7 bilhões até o fim do ano para alocar em fundos imobiliários, multimercados e no exterior.

A ideia é acessar fundos expostos a mercados como EUA e China, entre outros. Com a montagem da carteira, a Previ vai alocar montantes de R$ 1 bilhão, divididos em parcelas de R$ 250 milhões. Recentemente, a entidade aplicou na Europa.

Um dos benefícios de investir no exterior é acessar ativos não disponíveis no Brasil, como nanotecnologia e química fina. Além disso, existe a própria redução do risco Brasil no portfólio. “O investidor global vem ao Brasil em busca de maiores riscos. A gente pode pegar a mesma avenida para o exterior olhando na redução do risco.”

Caixa

A Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa, iniciou um processo de revisão de sua política de investimentos de 2021 e pode mudar o destino de quase R$ 2 bilhões inicialmente previstos para serem alocados no exterior e em fundos de investimento imobiliários. A informação é do presidente da entidade, Gilson Santana, que assumiu o cargo há pouco mais de um mês.

“Salvo alguma mudança de oportunidade (…), é pouco provável que a gente consiga fazer alocação nessa monta que está prevista. Isso deve gerar uma revisão da política de investimento, que precisa alocar em outro tipo de ativo com a rentabilidade esperada”, disse. O destino dos quase R$ 2 bilhões em revisão ainda é incerto. Uma possibilidade seria apostar na safra de IPO prevista para os próximos meses.

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