Neste ano, 36% dos beneficiários do 13º salário pretendem gastar com presentes de Natal, segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas.
O estudo também mostrou que parte dos trabalhadores também planeja economizar e investir (29%). Outros querem gastar nas comemorações de Natal ou Ano Novo (22%) e comprar produtos que tinham vontade (21%).
Além disso, o 13º salário também é visto pelos consumidores como uma oportunidade para organizar a vida financeira. De acordo com a pesquisa, 17% vão usar o dinheiro para pagar dívidas em atraso.
Para José César da Costa, presidente da CNDL, o ideal é que o consumidor faça uma análise de sua situação financeira e estabeleça prioridades antes de decidir o que fazer com o dinheiro.
“É importante o trabalhador ficar atento aos gastos e priorizar o pagamento de dívidas. O país vive um momento de alta inadimplência e a entrada do 13º salário é a oportunidade de colocar as contas em dia e fechar o ano com o orçamento organizado.”
José César da Costa, presidente da CNDL
Costa também alerta que é importante considerar os gastos que costumam aparecer no começo do ano, como o IPTU, as matrículas escolares e o IPVA.
“Além do pagamento de dívidas, é o momento do trabalhador se organizar para os gastos extras. O início do ano é sempre o momento de pagamento de impostos e de taxas, como matrícula, e também compra de material escolar, por exemplo. Uma reserva extra deve ser organizada para não ser pego de surpresa e já iniciar o ano endividado”, alerta Costa.
A pesquisa ainda mostra que 55% dos entrevistados pretendem fazer bicos para comprar mais presentes para o Natal, principalmente as pessoas até 54 anos e das classes C, D e E (60%).
Metodologia
A pesquisa, que aconteceu de 10 a 17 de outubro de 2022, foi feita virtualmente.
O público-alvo foram consumidores das 27 capitais brasileiras, homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos, de todas as classes econômicas (excluindo analfabetos) e que pretendem comprar presentes para o Natal.
A amostra foi de 740 casos em um primeiro levantamento, para identificar o percentual de pessoas com intenção de comprar presentes no Natal. Em seguida, continuaram a responder o questionário 600 casos, que tinham a intenção de comprar presente no Natal.
Resultando em, respectivamente, uma margem de erro no geral de 3,6 pontos percentuais e 4,0 pontos percentuais para um intervalo de confiança a 95%.
Veja também
- Megaporto pode reduzir a rota Brasil-China em 10 dias – o problema é chegar até ele
- Comprar na Shopee, mas pelo YouTube: empresas fecham parceria para ampliar e-commerce na Ásia
- Produtores de combustíveis renováveis estão prestes a enfrentar uma crise: a falta de óleos usados
- Mais um passo da Temu no Brasil: App chinês recebe um ‘sim’ da Receita Federal
- Tensão no Mar Vermelho eleva preços do frete e já desafia economia global