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Real Investor x IP Participações: qual fundo ganha de lavada do Ibovespa?

Samy e Dony fazem uma análise comparando os dois fundos de ações cuja rentabilidade supera os 300%.

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Com a inflação estourando o teto do que seria aceitável pelo próprio ministério da economia, somado a consecutivas projeções de alta pelo boletim Focus, analistas recomendam expor a carteira a ativos dolarizados. Essa seria uma forma de driblar a volatilidade dos ativos negociados na bolsa brasileira assim como conseguir um ganho real acima da inflação.

E diante deste cenário, dois fundos que investem tanto em ações brasileiras como estrangeiras vem se sobressaindo e batendo o Ibovespa por anos consecutivos.

Um fundo é capitaneado por César Paiva, também conhecido como o “Warren Buffet de Maringá’’. Isso porque o gestor está fora do eixo Rio-São Paulo, onde estão as melhores gestoras do Brasil, além de seguir à risca a filosofia do vallue investing, praticada por Buffett.

Este fundo é o Real Investor FIC FIA BDR Nível I cuja história se confunde muito com a do seu gestor, que começou o Real Investor em 2010, dois anos depois de criar um clube de investimentos em Londrina, no Paraná. Sua estratégia é se aprofundar em empresas que quer investir e comprá-las a um preço abaixo do que projeta o mercado. Ou seja: pagar barato por boas empresas.

A gestão tanto compra ações brasileiras como internacionais via BDRs. Outra estratégia é montar posições vendidas em Ibovespa Futuro para defesa da carteira. Essa posição ganha dinheiro à medida que o principal índice da B3 se desvaloriza.  

Entretanto, o Brasil ainda é o maior foco de investimento. Apenas 6% do fundo é destinado a BDRs, tendo a Berkshire Hathaway com cadeira cativa no portfólio.

Desde quando o fundo Real Investor foi criado, em 2012, até agosto deste ano, ele acumula uma rentabilidade de 337%. Nesse período, o Ibovespa ganhou 85%. Dos quase dez anos, apenas em dois que a rentabilidade foi negativa e teve um descolamento expressivo do Ibovespa: em 2014 e 2015.

Já um segundo fundo que vem trazendo bons retornos aos seus cotistas, em especial desde que a pandemia se instalou, é o IPG FIC FIA BDR NÍVEL 1, gerido por IP Participações. Ele também investe em ações brasileiras e do exterior. Porém, diferentemente do Real Investor, a maior parte da sua carteira (71%) está exposta a ativos internacionais. Já 26% dos ativos são brasileiros.

Assim como o anterior, ele foca no vallue investing, assim como Benjamin Graham e Warren Buffet. A gestão, com mais de duas décadas de história, busca por qualidade, além de apostar em pequenas empresas.

Desde a criação em 2010, o IP teve 11 anos seguidos de retornos positivos – sem nenhum ano de perdas. O que aponta para uma gestão de riscos com consistência de retornos e volatilidade inferior à média.

No Cafeína de hoje, Samy Dana e Dony De Nuccio fazem uma análise comparando os dois fundos de ações.

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