O Federal Reserve e dois outros órgãos reguladores dos Estados Unidos estão se movendo em direção a um novo plano que reduzirá significativamente o aumento de capital obrigatório de quase 20% para os maiores bancos do país, após os esforços de lobby dos presidentes de grandes instituições do setor, como Jamie Dimon, do JPMorgan Chase; publicou o Wall Street Journal no domingo (19).
Os aumentos de capital exigidos para bancos como JPMorgan e Goldman Sachs, com o objetivo de garantir que eles tenham amortecedores suficientes para absorver possíveis perdas, seriam, em média, cerca de metade do valor originalmente proposto, acrescentou o jornal.
As principais autoridades das três agências envolvidas nas regras de capital pendentes – o Federal Reserve, a FDIC, agência dos EUA que atua nas garantias de depósitos bancários, e o Office of the Comptroller of the Currency – ainda estão discutindo revisões técnicas e substanciais e não há garantia de que um acordo será alcançado, segundo o jornal.
Fed, FDIC e OCC não comentaram a reportagem.
Em julho do ano passado, os três órgãos reguladores do setor bancário, liderados pelo Fed, divulgaram uma proposta para reformular a forma como os bancos com mais de 100 bilhões de dólares em ativos calculam o dinheiro que devem reservar para absorverem possíveis perdas.
A proposta da Basiléia tem como objetivo tornar os bancos mais resistentes a possíveis perdas, reduzindo o risco de falências ou resgates. Os bancos afirmam que já estão altamente capitalizados e que as mudanças são desnecessárias.
Os grandes bancos dos EUA fizeram lobby contra a proposta da Basileia, que, segundo eles, os forçará a reformular ou encerrar uma série de produtos e negócios.
O Goldman Sachs recrutou dezenas de proprietários de pequenas empresas para viajarem a Washington e pedirem aos parlamentares que reconsiderassem a proposta, segundo uma análise da Reuters de documentos privados do Goldman, entrevistas com participantes do programa e divulgações públicas.
(Por Surbhi Misra e Disha Mishra)
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