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Finanças

Resumo dos Analistas: situação fiscal é a maior resistência para o Ibovespa

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques de ontem e uma breve análise do índice Bovespa.

Destaques (José Falcão Castro):

  • Com recordes de casos de covid nos EUA (mais de 160 mil/dia), Nova York adota mais restrições e vai fechar as escolas novamente a partir de hoje. Esta decisão reduz o otimismo dos mercados com as vacinas super eficazes, precificando o risco de curto prazo com novas restrições e maior danos para a economia;
  • No Brasil, ontem, o déficit das contas públicas foi alvo de grave alerta da agência de classificação de risco, Fitch Ratings. O país está com o rating (BB-) pela agência, nível muito baixo e definido como “Categoria de especulação, baixa classificação”;
  • O grande problema aqui é: como manter um juros em níveis baixos, se o lastro para os título públicos brasileiros é uma economia fragilizada. A consequência disso é que, diante de um risco maior para os investidores, o mercado vai pedir mais prêmio nas taxas e isso pode prejudicar a economia real com alta nas taxas de juros;
  • Os índices futuros de NY acompanham as quedas das bolsas europeias após a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, dizer que a segunda onda ameaça retomada;
  • Nos EUA, o Dow Jones futuro recua 0,59% e Nasdaq (-0,61%); na Europa, a bolsa de Frankfurt cai 1%, Londres (-0,89%) e Paris (-0,75%).

Análise Gráfica – IBOV (José Falcão Castro):

  • Em um pregão de queda, o índice Bovespa conseguiu se manter acima dos 105.700 pontos e se as correções naturais de curto prazo se acentuarem, é importante não cair abaixo do suporte de 102.000 pontos;
  • No curto prazo, o IBOV continua em forte tendência de alta e começa a consolidar também alta no longo prazo, ao se afastando das médias móveis de 21 e 200 períodos;
  • Suporte: 102.000 (mínima do dia 2 de novembro)
  • Resistência: 105.700 (máxima do dia 29 de julho)

Cenário global e bolsa brasileira ontem (Murilo Breder):

  • O dia até começou com o tom positivo mais uma vez após mais boas novas das vacinas contra a Covid-19. Porém, o temor com o coronavírus e o rating da Fitch mudaram o humor do mercado brasileiro;
  • A primeira notícia é que a cidade de Nova York fechará escolas a partir de amanhã para evitar o aumento no contágio pelo coronavírus. Dessa forma, mesmo em meio a mais avanços no desenvolvimento da vacina, o temor com o coronavírus retornou ao menos no pregão de ontem;
  • Pesou ainda o anúncio da agência de classificação de risco Fitch, que reiterou o rating do Brasil em BB-, com perspectiva negativa. A agência alerta que há um alto e crescente endividamento governamental, uma estrutura fiscal rígida, fraco potencial de crescimento econômico e um cenário político difícil que impede o progresso nas reformas fiscais e econômicas;
  • Dessa forma, o Ibovespa teve queda de 1,05%, aos 106.119 pontos.

Cenário corporativo (Murilo Breder)

  • Quem pesou na queda do Ibovespa hoje foram os bancos. Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) recuaram mais de 2%. A exceção ficou para o Banco do Brasil (BBAS3), que subiu +0,2. Do lado positivo, as aéreas Azul (AZUL4, +4,1%) e Gol (GOLL4, +3,1%) subiram forte após mais boas novas em relação às vacinas;
  • Ainda no cenário corporativo, o Banco Inter (BIDI11, +1,15%) informou, via Fato Relevante, que adquiriu 45% da Granito, empresa de adquirência subsidiária do banco BMG, por cerca de 90 milhões de reais. A operação ainda está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade);
  • Apesar do mercado de adquirência estar sofrendo com uma competição cada vez maior nos últimos anos, a estratégia de prover um portfólio capaz de atender toda a cadeia é positiva para a companhia. Ao longo dos últimos meses, o Inter já vem atacando em outras frentes como o varejo, por exemplo;
  • Por último, terminou a disputa pela Linx (LINX3, +1,1%). Na última terça-feira (17), os acionistas aprovaram a proposta de aquisição da companhia pela Stone.
Indicadores
Brasil:
Monitor do PIB (setembro) (FGV)
PNAD Contínua Trimestral (IBGE)
Sondagem Industrial (outubro) (CNI)
EUA:
Índice do setor de manufatura (Fed da Filadélfia)
Pedidos de seguro-desemprego semanal 
Sondagem Industrial (Fed de Kansas City) 
Europa:
Reino Unido: Vendas no varejo
Ásia:
Japão: PMI Composto (Serviços e Industrial)

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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