Siga nossas redes

Finanças

Taxas futuras de juros sobem no Brasil em ajuste ao avanço dos Treasuries

A alta das taxas dos contratos futuros ocorre após os rendimentos dos Treasuries estarem em queda com investidores buscando a proteção dos títulos norte-americanos em meio ao conflito entre Israel e Hamas.

As taxas dos contratos futuros de juros terminaram a sexta-feira (13) pós-feriado em alta no Brasil, com a curva a termo se ajustando ao avanço dos rendimentos dos Treasuries na véspera, após dados de inflação nos EUA elevarem as apostas de mais uma alta de juros ainda em 2023.

Na quinta-feira (12), com o mercado brasileiro fechado em função do feriado de Nossa Senhora Aparecida, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,4% em setembro, com avanços surpreendentes nos custos de aluguel e de gasolina. O resultado ficou acima da expectativa de elevação de 0,3% da pesquisa da Reuters com economistas.

O número, que sugere uma inflação ainda pressionada, elevou as apostas de que o Federal Reserve poderá aumentar sua taxa básica de juros mais uma vez ainda em 2023, o que fez os rendimentos dos Treasuries avançarem na quinta-feira.

Nesta sexta-feira, na reabertura dos negócios no Brasil, as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) se ajustaram ao cenário visto na véspera nos EUA e avançaram. Como a sessão desta sexta-feira foi espremida entre o feriado e o fim de semana, a liquidez também foi reduzida.

No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2024 estava em 12,21%, ante 12,219% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 11%, ante 10,885% do ajuste anterior. A taxa para janeiro de 2026 estava em 10,805%, ante 10,659%.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2027 estava em 11%, ante 10,849%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 11,265%, ante 11,116%.

Com o movimento, perto do fechamento a curva a termo precificava em 96% as chances de o corte da Selic em novembro ser de 0,50 ponto percentual. Já as chances de corte de apenas 0,25 ponto percentual — uma possibilidade surgida após o rali mais recente — eram precificadas em 4%.

A alta das taxas dos DIs no Brasil ocorreu a despeito de, no exterior, os rendimentos dos Treasuries estarem em queda nesta sexta-feira, com investidores buscando a proteção dos títulos norte-americanos em meio à intensificação do conflito entre Israel e Hamas no Oriente Médio.

Às 16:37 (de Brasília), o rendimento do Treasury de dez anos –referência global para decisões de investimento– caía 8,40 pontos-base, a 4,6269%.

Abra sua conta! É Grátis

Já comecei o meu cadastro e quero continuar.