“Os diretores concordam que se algo acontecesse comigo esta noite, seria Greg quem assumiria amanhã de manhã”, disse Buffett à CNBC. Buffett, 90, nunca anunciou publicamente qualquer plano de renúncia do comando da Berkshire Hathaway.
Greg Abel é vice-presidente da Berkshire desde 2018, após uma década transformando a unidade Berkshire Hathaway Energy em uma importante empresa de eletricidade dos Estados Unidos.
O vice-presidente Charlie Munger, 97, disse na reunião anual da Berkshire no sábado que manter a cultura da empresa é importante e que “Greg fará isso”.
Buffett também disse à CNBC que se algo acontecer com Abel, o cargo de presidente-executivo será do vice-presidente Ajit Jain, que supervisiona os negócios de seguros da Berkshire, mas é 10 anos mais velho.
A Berkshire não comentou o assunto nesta segunda-feira.
Especulações sobre a sucessão de Buffett começaram em 2006, quando ele, então com 75 anos, discutiu o assunto em carta anual aos acionistas da Berkshire.
Buffett transformou a Berkshire a partir de 1965, de uma empresa têxtil quebrada em um conglomerado de US$ 628 bilhões, com negócios como a seguradora de veículos Geico e a companhia ferroviária BNSF, além de várias empresas industriais e rede de sorveterias Dairy Queen e a doceria See’s Candies.
“Suspeito que Buffett revelou isso com relutância”, embora “a coroação de Abel não seja exatamente uma surpresa”, disse Jim Shanahan, analista da Edward Jones & Co.
Outros aspectos dos planos de sucessão da Berkshire não foram alterados. O filho de Buffett, Howard, deve se tornar presidente não executivo, enquanto os executivos de investimento Todd Combs e Ted Weschler estão na fila para se tornarem vice-presidente de investimentos.