1 – Prates diz que governo Lula pode alterar plano estratégico da Petrobras
O senador Jean Paul Prates (PT-RN), integrante do grupo de trabalho de Minas e Energia do governo de transição, indicou que a nova gestão pode alterar o plano estratégico da Petrobras (PETR3, PETR4), divulgado nesta semana. O parlamentar, cotado para assumir o comando da estatal, defendeu que a empresa não pode ficar “só extraindo petróleo do pré-sal e distribuindo dividendos”.
“O plano estratégico pode ser alterado pela nova gestão, não é uma cláusula pétrea”, disse o senador, após reunião da bancada do PT com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília. “O plano estratégico é quase que dizer o que eles fariam se continuassem lá. A gente vai, quando chegar, dizer o que a gente fará estando lá.”
O senador disse ainda que a Petrobras que o novo governo vem desenhando será “graúda, forte e poderosa”. Os integrantes do governo de transição devem se reunir com representantes da estatal presencialmente na próxima segunda-feira, 5. Uma reunião virtual já foi realizada.
“É uma empresa de longo prazo. Uma empresa de longo prazo não pode só ficar tirando pré-sal do fundo do mar e distribuindo dividendos. Precisa pensar em coisas que todas as outras empresas de petróleo estão pensando”, disse. “Vamos provavelmente alterar essa coisa e acho que o nível de investimentos para cinco anos é um investimento curto.”
2 – Suzano eleva investimento em 2023 para R$ 18,5 bilhões
A maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo, Suzano (SUZB3), anunciou nesta quinta-feira (01) estimativa de investimento de R$ 18,5 bilhões para o próximo ano, acima dos R$ 16,1 bilhões previstos para 2022.
“A elevação em relação a 2022 decorre, em grande parte, do maior investimento no Projeto Cerrado, considerando investimentos industriais, florestais, infraestrutura e logística”, afirmou a Suzano em fato relevante.
Do total a ser investido pela Suzano em 2023, R$ 8,9 bilhões serão voltados ao Projeto Cerrado, a nova fábrica de celulose que a empresa está construindo no Mato Grosso do Sul e que terá capacidade para 2,55 milhões de toneladas por ano, um incremento de 20% na produção da empresa.
Outros R$ 2,4 bilhões serão usados em terras e florestas, cifra que inclui segunda parcela da compra da Parkia, concluída em junho. A Suzano afirmou que esse total também “contempla investimentos que visam maior competitividade e/ou opcionalidade de crescimento da companhia no longo prazo”.
A empresa orçou R$ 6,4 bilhões para manutenção em 2023, um incremento ante os R$ 5,5 bilhões previstos para este ano.
“O maior dispêndio em relação ao ano anterior refere-se principalmente ao efeito da inflação, principalmente sobre investimentos florestais, e maior intensidade de projetos e serviços nas plantas industriais, em função da maior quantidade de paradas gerais programadas para manutenção”, afirmou a Suzano.
3 – Carteira de R$ 7 bi
A Caixa Econômica Federal estuda levar ao mercado uma carteira com créditos em situação de inadimplência que envolve dívida de grandes empresas, muitas das quais envolvidas ou atingidas pelas investigações da Lava Jato, como a Sete Brasil e o Grupo Schahin, disse o Estado de S. Paulo sem revelar como obteve a informação. A carteira envolve cerca de R$ 7 bilhões em créditos que tiveram problemas em 2015 e 2016, segundo a reportagem. Em 2016, o Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu os processos de venda de créditos sem pagamento da Caixa, após apontar inconsistências em vendas anteriores.
(*Com informações de Reuters, Estadão Conteúdo e Bloomberg)
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