1 – Zona do euro: taxa anual do CPI atinge recorde de 9,9% em setembro, diz revisão
A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) da zona do euro atingiu nova máxima histórica de 9,9% em setembro, ao acelerar de 9,1% em agosto, segundo dados finais divulgados nesta quarta-feira (19) pela agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. A taxa de setembro ficou ligeiramente abaixo da leitura preliminar e da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 10% em ambos os casos.
Apesar da leve revisão para baixo, o CPI recorde pressiona o Banco Central Europeu (BCE) a seguir elevando juros de forma agressiva. O BCE, que busca inflação constante de 2%, já aumentou seus juros básicos em 125 pontos-base desde julho. A próxima reunião de política monetária do BCE será no dia 27.
Em relação a agosto, o CPI da zona do euro subiu 1,2% em setembro, em linha com o consenso do mercado. Apenas o núcleo do CPI do bloco, que desconsidera os preços de energia e de alimentos, teve ganho anual de 4,8% em setembro, confirmando a estimativa prévia. No confronto com agosto, o núcleo do índice avançou 1% no último mês.
2 – Biden pode anunciar nova liberação de petróleo de reserva estratégica
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está correndo para aumentar a oferta de petróleo antes das eleições de meio de mandato, que acontecem no próximo mês. Funcionários da Casa Branca dizem que a reserva estratégica dos EUA contém cerca de 400 milhões de barris de petróleo, e Biden pode ordenar uma liberação adicional já na quarta-feira (19).
A ação seria parte de uma resposta aos recentes cortes de produção anunciados pelos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
A perda potencial de 2 milhões de barris por dia, o equivalente a 2% da oferta global, fez a Casa Branca dizer que a Arábia Saudita estava do lado do presidente russo, Vladimir Putin, e prometeu que haverá consequências para os cortes de oferta que podem sustentar os preços da energia.
3 – Preços de alimentos levam inflação britânica de volta a maior nível em 40 anos
O maior salto nos preços dos alimentos desde 1980 levou a inflação britânica de volta aos dois dígitos no mês passado e ao nível mais alto em 40 anos que havia sido registrado em julho, em um novo golpe para as famílias que lutam com uma crise de custo de vida.
O Escritório de Estatísticas Nacionais disse que o índice de preços ao consumidor aumentou 10,1% em termos anuais em setembro. Pesquisa da Reuters com economistas havia apontado uma leitura de 10,0%, após aumento de 9,9% em agosto.
Os números destacam as dificuldades para as famílias britânicas, especialmente as de menor renda, que enfrentam novas incertezas sobre a extensão do apoio financeiro disponível após a recente reviravolta do governo.
O Banco da Inglaterra também se sentirá pressionado a intensificar sua campanha de aumento dos juros no próximo mês depois dos dados desta quarta-feira.
Os preços de alimentos e bebidas não-alcoólicas deram a maior contribuição para o resultado da inflação em setembro, com alta de 14,5%, o maior salto desde abril de 1980, de acordo com a série histórica.
*Com Reuters e Estadão Conteúdo
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