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5 fatos para hoje: G7 rivaliza com China; vacina antecipada em SP

Líderes esperam que o plano forneça parceria de infraestrutura para ajudar a estreitar US$ 40 trilhões para nações em desenvolvimento até 2035.

De vacinas a clima, G7 quer mostrar que Ocidente ainda está no jogo May 24, 2021. REUTERS/Toby Melville

1- G7 monta plano de infraestrutura para rivalizar com a China

O G7, grupo das sete democracias mais ricas do mundo, procurou neste sábado conter a crescente influência da China, oferecendo a nações em desenvolvimento um plano de infraestrutura que rivalizar com uma iniciativa do presidente Xi Jinping.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e outros líderes do G7 esperam que seu plano forneça uma parceria de infraestrutura para ajudar a estreitar os US$ 40 trilhões necessários para as nações em desenvolvimento até 2035, disse a Casa Branca.

“Não se trata apenas de confrontar ou enfrentar a China”, disse um alto funcionário do governo Biden. “Mas até agora não oferecemos uma alternativa positiva que reflita nossos valores, nossos padrões e nossa maneira de fazer negócios.”

O G7 e seus aliados usarão a iniciativa para mobilizar capital do setor privado em áreas como clima, saúde e segurança sanitária, tecnologia e igualdade de gênero, acrescentou a Casa Branca.

O surgimento da China como potência global é tido como um dos eventos geopolíticos mais relevantes dos últimos tempos após a queda da União Soviética em 1991, que pôs fim à Guerra Fria.

A China em 1979 tinha uma economia menor do que a da Itália, mas depois de se abrir ao investimento estrangeiro e introduzir reformas de mercado, tornou-se a segunda maior economia do mundo e é líder global em uma série de novas tecnologias.

Como parte do plano do G7, os EUA trabalharão para complementar o financiamento de desenvolvimento existente e “catalisar coletivamente centenas de bilhões de dólares em investimentos em infraestrutura”, disse a Casa Branca.

2- Governo federal prepara MP que abre caminho para racionamento de energia

O governo tem nas mãos uma medida provisória que cria condições para adoção de um racionamento de energia. O “Estadão/Broadcast” teve acesso a documentos internos que revelam a intenção de criar um comitê de crise que terá o poder de adotar medidas como a redução obrigatória do consumo e a contratação emergencial de termoelétricas – mesmas medidas adotadas em 2001, quando a população e as empresas foram obrigadas a diminuir a carga em 20% para evitar o apagão.

Publicamente, sempre que questionado, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, tem negado o risco de um racionamento.

A MP propõe a formação de um grupo que poderá mudar a vazão de hidrelétricas de forma imediata, sem aval de outros órgãos e de Estados e municípios. Os custos das medidas serão pagos pelo consumidor, por meio de taxas na conta de luz. O texto está sendo analisado em meio à pior crise hídrica que o Brasil viveu nos últimos 91 anos, sem perspectiva de chuvas nos próximos meses.

O racionamento de energia vigorou entre 1.º de julho de 2001 e 19 de fevereiro de 2002. Quem não cumpria a meta pagava um adicional na conta de luz que variava de 50% a 200% e podia até mesmo ter a energia cortada como forma de punição. A minuta da MP em análise agora pelo governo não faz referência a incentivos para quem economizar além da meta a ser determinada, como ocorreu no passado, nem define qual seria o alvo.

Com o racionamento, as indústrias também tiveram de reduzir a produção, e o Produto Interno Bruto (PIB), que havia crescido 4,4% em 2000, desacelerou para 1,4% em 2001. Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que o apagão de 2001 causou perdas de R$ 45,2 bilhões, pagas em sua maioria pelo consumidor, que teve de arcar com reajustes elevados nos anos seguintes.

A exemplo do que foi feito em situações de escassez hídrica que ocorreram no passado, prejuízos a geradores que tiverem de produzir menos energia para cumprir as determinações impostas pelo governo serão pagos pelo consumidor. Os custos para evitar o apagão serão pagos por meio de uma taxa – Encargos de Serviço do Sistema (ESS) – embutida na conta de luz de todos os consumidores.

3- Governo de SP prevê vacinar todos os adultos até 15 de setembro

O governador de São Paulo, João Doria, anunciou neste domingo a antecipação do calendário de vacinação contra covid-19, prevendo agora que toda a população acima de 18 anos no Estado receberá a primeira dose de imunizantes contra a doença até 15 de setembro.

Inicialmente previsto para acontecer até 31 de dezembro, o calendário foi antecipado pela terceira vez neste mês e acontece em meio à disponibilização de vacinas de diferentes fabricantes do imuzinante contra a doença provocada pelo coronavírus.

“São Paulo será o primeiro Estado do país a imunizar toda sua população (adulta)”, afirmou Doria a jornalistas.

Pelo novo cronograma, pessoas de 50 a 59 anos, sem comorbidades, serão vacinadas a partir de 16 de junho. A partir do dia 23 serão incluídas pessoas de 43 a 49 anos, sendo estendido a pessoas de 40 a 42 anos a partir do dia 30.

A antecipação ocorre enquanto a disponibilização de vacinas de diferentes fabricantes começa a ganhar tração no Brasil. Em maio, o Instituto Butantan recebeu 3 mil litros de IFA do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) para produzir o imunizante Coronavac. Um novo lote de 6 mil litros de IFA para produção de mais 10 milhões de doses deve chegar até o fim deste mês.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) previu no início do mês que 100 milhões de doses da vacina AstraZeneca fabricadas pela Fiocruz sejam produzidas no segundo semestre.

O país também já recebeu 3,4 milhões de doses da vacina Pfizer e BioNTech, de um total contratado de 200 milhões. E o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse no sábado que o país receberá na terça-feira 3 milhões de doses da vacina da Janssen, unidade da Johnson & Johnson.

Sem a inclusão das doses da Janssen na contagem, o Ministério da Saúde havia informado na quarta-feira uma nova redução, de quase 2 milhões de doses na previsão de entrega de vacinas ao país neste mês, para 37,9 milhões de doses. A redução se deveu à um menor volume de doses derivadas do consórcio Covax previsto para junho.

4- Musk diz que Tesla aceitará bitcoins quando mineradores usarem mais energia limpa

O presidente da Tesla, Elon Musk, tuitou neste domingo que a empresa retomará as transações de bitcoin quando houver confirmação do uso razoável de energia limpa por mineradores. “A Tesla vendeu apenas cerca de 10% da participação para confirmar que o BTC possa ser liquidado facilmente sem mover o mercado”, diz o tuíte. “Quando houver confirmação de uso razoável de energia limpa por mineradores com tendência futura positiva, a Tesla voltará a permitir transações de bitcoin.”

O bitcoin subia 5% após a publicação do tuíte.

5- G7 exige ação da Rússia contra crimes cibernéticos e uso de armas químicas

 O Grupo dos Sete (G7) países mais industrializados do mundo exigiu neste domingo que a Rússia tome medidas contra os que fazem ataques cibernéticos e usando ransomware a partir do país.

A reprimenda veio em um comunicado emitido após uma cúpula de três dias entre líderes do G7 no Reino Unido, que também pediu que Moscou “pare com seu comportamento desestabilizante e atividades malignas” e conduza uma investigação sobre o uso de armas químicas em território russo.

O comunicado diz que a Rússia precisa “responsabilizar aqueles que, dentro de suas fronteiras, conduzem ataques de ransomware, abusam de moedas virtuais para lavar dinheiro e outros crimes cibernéticos”. 

A questão está sob os holofotes após um ataque virtual ao Colonial Pipeline, maior tubulação de combustíveis dos Estados Unidos, e outro que interrompeu as operações norte-americanas e australianas do frigorífico JBS. 

A nota do G7 pede ações mais amplas contra ataques de ransomware, descrevendo a prática como a criptografia de dados de uma vítima para exigir pagamentos em troca do retorno desses dados como uma “ameaça ascendente compartilhada”.

“Pedimos que os Estados identifiquem e interrompam redes criminosas de ransomware que operem de dentro de suas fronteiras e responsabilizem essas redes por suas ações”, diz o documento. 

O pedido por investigação sobre uso de armas químicas vem após o crítico do Kremlin Alexei Navalny ser atendido na Alemanha, com médicos alemães disseram que foi um envenenamento com um agente nervoso de uso militar. Navalny acusa Putin de ordenar o envenenamento, o que é negado pelo Kremlin. 

Veja também:
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(*Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo)

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