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5 fatos para saber hoje: prejuízo da Cielo e leilões de ativos

CSN e Cielo divulgaram seus balanços ontem, mostrando um resultado ruim no segundo trimestre.

Tarcísio de Freitas
Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) realiza audiência pública para avaliar plano de privatizações do governo. Em pronunciamento, secretário de coordenação de projetos da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos da Secretaria Geral da Presidência da República, Tarcísio Gomes de Freitas. Foto: Pedro França/Agência Senado

1 – Brasil terá mais 100 leilões de ativos até final do mandato

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse ontem (28) que a superação de gargalos que envolviam direitos dos trabalhadores, obtida com a reforma trabalhista, já foi percebida pelos investidores estrangeiros e, com o portfólio de ativos atraentes para leilões no país; a trajetória de recuperação fiscal; e a queda da taxa básica de juros (Selic), representa um conjunto de fatores que colocam o Brasil na mira dos investidores.

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Freitas disse que toda essa conjuntura permitirá que, até o final do mandato, mais de 100 leilões de ativos sejam implementados pela pasta e destacou os projetos de concessão das rodovias BR-116/101 (a Nova Dutra, entre Rio de Janeiro e São Paulo) e a BR-163, no Pará, e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, além da sexta rodada de concessão de 22 aeroportos.

“Se colocarmos em um gráfico países de dimensão continental, acima de 5 milhões de quilômetros quadrados (km²), com uma população gigantesca, acima de 200 milhões de habitantes, portanto, com grande mercado consumidor, e PIB [Produto Interno Bruto] acima de US$ 1 trilhão, veremos que, na intersecção desse diagrama, teremos apenas três países: Brasil, China e Estados Unidos”, disse Freitas, ao participar do webinar Invest Brasil Infraestructure 2020, promovido pela Apex-Brasil. “Isso, por si só, já chama a atenção dos investidores estrangeiros.”

2 – Cielo reverte lucro e tem prejuízo líquido de R$ 75,2 mi no 2º trimestre

A Cielo, controlada por Bradesco e Banco do Brasil, teve prejuízo líquido de R$ 75,2 milhões no segundo trimestre deste ano, revertendo o lucro líquido de R$ 428,5 milhões identificado em igual período do ano passado. No primeiro trimestre, a empresa teve lucro de R$ 166,8 milhões. É a primeira vez que a Cielo entrega um prejuízo trimestral em sua história.

Os números da líder do setor das maquininhas, que já sofriam a influência do aumento da concorrência de novos competidores, foram ainda mais impactados pela pandemia do novo coronavírus. Com as medidas de isolamento social adotadas para conter a propagação da doença no País, o varejo viu seu faturamento despencar, o que acertou em cheio o volume de transações financeiras capturadas pela Cielo.

A geração de caixa medida pelo Ebitda da Cielo somou R$ 236 milhões no segundo trimestre, declínio de 69,7% sobre o resultado de igual período de 2019. Em relação aos primeiros três meses de 2020, foi verificada redução de 58,9%.

3 – CSN tem lucro líquido de R$ 445,9 milhões no 2º trimestre, queda de 76,4%

Com um trimestre refletindo os efeitos da pandemia do covid-19, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) reportou um lucro líquido de R$ 445,9 milhões no segundo trimestre do ano, queda de 76,4% ante o observado no mesmo intervalo do ano passado. O resultado, contudo, reverte prejuízo de R$ 1,312 bilhão visto nos três primeiros meses do ano.

Apesar do resultado no segundo trimestre e os efeitos na operação, a CSN informou em suas notas explicativas que não espera impactos significativos em seu negócio. “A Companhia continua avaliando permanente e detalhadamente os efeitos causados pela covid-19 em seus negócios, uma vez que a partir da última semana de março as atividades econômicas no Brasil foram reduzidas drasticamente, tendo sido impostas restrições e medidas de distanciamento social com a finalidade de reduzir a circulação do vírus. Algumas dessas restrições vêm sendo gradativamente flexibilizadas pelas autoridades e a Companhia não espera impactos significativos em seus negócios”, destaca no documento.

No segundo trimestre, a CSN viu sua venda de aço cair 14% na relação anual, para 1,003 milhão de toneladas. Em relação aos três meses anteriores, o recuo foi de 12%. Ao contrário do primeiro trimestre, o período de abril a junho foi integralmente afetado pela pandemia do covid-19, que colocou o País em distanciamento social.

4 – Em junho, fluxo de clientes tem queda de 75% em shoppings e 48% em lojas de rua

O fluxo de clientes em shopping centers caiu 90,78% em maio e 75,94% em junho na comparação com 2019. As lojas de rua viram seu movimento reduzido em 85,26% e 48,55% nos mesmos meses. Os números são do mapeamento de fluxo semestral da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), com dados da FX Retail Analytics, empresa especializada em monitoramento de fluxo para o varejo.

Se na comparação anual o fluxo de pessoas no comércio segue caindo, na análise mês a mês de 2020 há uma melhora no movimento. Em junho, os shopping centers tiveram aumento de 126% no fluxo de clientes em comparação com o mês anterior. Para as lojas físicas, o avanço foi de 194%.

O mapeamento indica que o segmento de Drogaria começou a apresentar maior frequência de queda em relação ao início da pandemia. Mesmo caindo menos do que a maioria das categorias, o recuo chegou a 47% em junho, na comparação com o mesmo período do ano passado. Já os eletroeletrônicos lideram com força a retomada, com aumento de 585% de fluxo nas lojas no mês de junho sobre maio.

5 – Fundo sueco para de investir na JBS por questões ambientais

O grupo sueco Nordea Asset Management, que conta com € 220 bilhões sob gestão, decidiu excluir a empresa de carnes JBS de todos os fundos que administra. Segundo Eric Pedersen, o chefe da área de Investimentos Responsáveis da gestora, a decisão se deu após um período de conversas entre o Nordea e a empresa brasileira, em que questões relativas ao meio ambiente e à governança corporativa não foram respondidas a contento.

“A Nordea Asset Management decidiu, este mês, excluir a JBS de todos os nossos fundos. A decisão foi tomada pelo nosso Comitê de Investimentos Responsáveis e após um período de engajamento com a empresa, onde não sentimos que estávamos vendo a resposta que estávamos procurando”, disse Pedersen, em comunicado enviado ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Nessa interação com a JBS, destacou ele, foram contempladas diversas questões relacionadas à temática ESG (ambiental, social e de governança corporativa, nas iniciais em inglês). Dentre elas, o risco de desmatamento na cadeia de suprimentos da empresa, a forma que a empresa tem lidado com as acusações de corrupção e, ainda, a maneira como foi tratada a segurança de seus funcionários em meio à pandemia da covid-19.

*Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil

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