Siga nossas redes

Geral

Ficou sabendo? Novo modelo da Tesla, prejuízo do C6 e balança comercial

Montadora de Elon Musk apresentou Model 6, fabricado na China.

Tesla lança novo Model 3 na China com preço mais alto

As ações da Tesla (TSLA34) chegaram a cair quase 6% nesta sexta (1º), depois que a montadora apresentou um novo Model 3, fabricado na China, com um preço mais alto, ao mesmo tempo em que reduziu os preços de seus veículos premium e de seu software “Full Self-Driving” (FSD).

O lançamento do novo sedã Model 3 marca a primeira vez que a empresa lança um veículo na China antes dos Estados Unidos, ressaltando sua crescente dependência do país, onde está em uma corrida por participação de mercado com a BYD.

O veículo está sendo produzido na fábrica da Tesla em Xangai e tem um preço inicial 12% mais alto do que o modelo básico anterior no país. Ele também será exportado para outros mercados na Ásia, Europa e Oriente Médio.

O aumento do preço básico do Model 3, o modelo mais vendido da Tesla depois do Y, pode ajudar a proteger as margens. Mas os cortes nos preços de seus carros mais premium destacam a intensa concorrência que os fabricantes de veículos elétricos enfrentam, especialmente na China.

A montadora cortou os preços de seus modelos premium Model S e Model X em cerca de 14% a 21% na China e nos Estados Unidos – seus dois maiores mercados.

Ao reduzir o preço inicial do Model X para US$ 79.990 nos Estados Unidos, a Tesla tornou o veículo elegível para créditos fiscais federais de até US$ 7.500.

A Tesla não anunciou uma data de lançamento para o novo Model 3 nos Estados Unidos, onde atualmente oferece descontos de mais de US$ 5 mil em alguns desses veículos em estoque.

A empresa planeja lançar o mais recente Model 3 em uma feira comercial em Pequim, no sábado, e alguns de seus novos recursos, incluindo uma tela traseira para os passageiros do banco de trás, parecem destinados aos compradores de carros chineses. A empresa disse que também mostrará o novo modelo no salão do automóvel de Munique.

Balança comercial tem superávit recorde para agosto

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 9,767 bilhões em agosto, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta sexta-feira, no maior saldo para o mês da série histórica iniciada em 1989.

O desempenho do mês foi explicado por uma alta de 1,4% no valor das exportações na comparação com o mesmo período de 2022, atingindo nível recorde de US$ 31,211 bilhões, enquanto as importações tiveram queda de 19,6%, a US$ 21,444 bilhões.

O saldo de agosto veio em linha com a projeção de mercado, conforme pesquisa da Reuters com economistas, que apontava expectativa de saldo positivo de US$ 9,75 bilhões. Em agosto de 2022, o país havia registrado resultado positivo de US$ 4,1 bilhões.

O número do mês foi puxado por uma alta de 16,2% no valor das exportações agropecuárias, com destaque para soja, milho e café. Foram registrados recuos de 3,9% nos embarques da indústria de transformação e de 0,3% na indústria extrativa.

Assim como nas exportações, houve recuo nos preços dos produtos importados. No entanto, ao contrário dos embarques totais, o volume importado também caiu no mês, em 7,6%.

C6 tem prejuízo de R$ 473 milhões no semestre

O Banco C6, que tem o JPMorgan como sócio, registrou prejuízo de R$ 473 milhões no primeiro semestre do ano, 15% menor do que nos primeiros seis meses de 2022 e 74% inferior ao segundo semestre do ano passado, em meio a uma queda na inadimplência em sua carteira e a corte de custos, disse o fundador e presidente do banco, Marcelo Kalim.

O percentual de empréstimos para pessoas físicas com atraso de 90 dias ou mais caiu de 5,2% no final do ano passado para 4,6% em junho. Isso se compara às taxas de inadimplência de 4,9% do Itaú, o maior banco em valor de mercado da América Latina.

C6
Escritório do C6. Divulgação

O C6 tem visto prejuízos consecutivos em um contexto de aumento da inadimplência nas carteiras de crédito no Brasil, o que força os bancos a elevarem provisões para perdas com empréstimos podres. O C6, fundado em 2019, vinha aumentando os custos anteriormente em meio a um crescimento agressivo durante a pandemia. Após um aperto monetário por parte do Banco Central, as taxas de inadimplência “vieram maiores do que o esperado” em 2022, disse Kalim.

O C6 teve prejuízo de R$ 2,2 bilhões em 2022, em comparação com perdas de R$ 692 milhões um ano antes. O prejuízo de 2022 inclui uma baixa contábil de créditos fiscais de R$ 850 milhões que ainda podem vir a ser usados ​​no futuro, disse Kalim.

Após uma grande expansão, o C6 reduziu o quadro de funcionários de 4.029 para 3.750 pessoas. Também passou a cobrar dos clientes alguns serviços.

A carteira de crédito do C6 atingiu R$ 38,4 bilhões em junho, 33% a mais que no último semestre de 2022. A maior parte — 44% — é de crédito consignado para pessoa física. As provisões para perdas com empréstimos atingiram R$ 1,2 bilhão, um pequeno aumento em comparação com os R$ 1,1 bilhão no segundo semestre do ano passado.

“De agora em diante, as provisões para empréstimos inadimplentes e outros custos deverão cair ainda mais e as receitas continuarão a crescer”, disse Kalim, que espera conseguir lucro ainda neste ano.

A receita atingiu mais de R$ 4 bilhões, ante R$ 2,9 bilhões no final de 2022. Entre os custos que devem cair, estão, por exemplo, os pagamentos de comissões para geração de carteiras de consignado. 

Kalim disse que há planos de continuar expandindo e de transformar o C6 em um banco tão grande quanto o Itaú — o que pode exigir mais capital nos próximos meses. Se isso acontecer, a ideia é emitir algum instrumento de dívida subordinada, disse ele. Os atuais acionistas deverão ser os compradores dessa emissão, se ela acontecer, segundo Kalim.   

“É só uma questão de tempo para termos o tamanho do Itaú,” disse Kalim. “Não creio que o JPMorgan se contentaria com nada menos do que isso.”

Na terça-feira, o JPMorgan disse que aumentará sua fatia no C6, que tem sede em São Paulo, de 40% para 46%, de acordo com um comunicado. O aumento ainda requer aprovação dos reguladores. O gigante de Wall Street investiu no C6 há dois anos. Desde então, o C6 viu a sua base de clientes expandir-se de 8 milhões para 25 milhões.

*Com Reuters e Bloomberg

Abra sua conta! É Grátis

Já comecei o meu cadastro e quero continuar.