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Iguatemi reverte prejuízo e tem lucro milionário com aumento de receitas

Lucro líquido de R$ 64,8 milhões no 3º trimestre de 2022 reverteu prejuízo de R$ 83 milhões na comparação anual.

Unidade do Iguatemi em São Paulo (SP)
Unidade do Iguatemi em São Paulo (SP) 16/08/2018 REUTERS/Nacho Doce

A rede de shoppings Iguatemi (IGTI11) teve lucro líquido de R$ 64,8 milhões no terceiro trimestre de 2022, revertendo prejuízo de R$ 83 milhões no mesmo intervalo de 2021.

O aumento no lucro foi motivado pela expansão da receita com aluguéis e estacionamentos, menor inadimplência de lojistas e maior ocupação dos shoppings, além de efeitos contábeis.

As vendas em mesmas lojas nos shoppings da empresa avançaram 19,6%, e ficaram cerca de 30% acima dos patamares de 2019. Os aluguéis em mesmas lojas subiram 35,7% frente a um ano antes e 62% acima de 2019. As vendas totais cresceram 22,8%, para 4 bilhões de reais, avanço semelhante na comparação com o terceiro trimestre de 2019.

Assim, a receita líquida subiu 19,5% no trimestre, para 254,3 milhões de reais, enquanto os custos e despesas avançaram 10,2%, a 97 milhões de reais.

Já o lucro líquido ajustado atingiu R$ 56,5 milhões, um salto de 166,5% na mesma base de comparação anual. O critério ‘ajustado’ exclui os efeitos de: linearização na receita de aluguéis, participação na Infracommerce, swap das ações e despesas com acordo judicial considerado não recorrente.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de 165,8 milhões de reais entre julho e setembro, alta de 15% na base anual. A margem Ebitda caiu de 67,7% para 65,2%.

Analistas, em média, esperavam Ebitda de 181,5 milhões de reais, segundo pesquisa da Refinitiv.

O FFO (lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa) foi de R$ 105,9 milhões, revertendo dado negativo de R$ 43,3 milhões de um ano antes. A margem FFO foi a 41,7%.

O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) ficou negativo em R$ 91,9 milhões, uma deterioração perante os R$ 53,4 milhões negativos de um ano antes.

Esse efeito foi atenuado pela linha de valor justo de instrumento de capital, que ficou positiva em R$ 32,7 milhões, contra dado negativo de R$ 179,7 milhões de um ano antes.

Os custos e despesas da Iguatemi cresceram 10,2%, para R$ 96,9 milhões.

O resultado veio alguns dias depois da rival Multiplan (MULT3) divulgar que seu lucro do terceiro trimestre quase dobrou e que as vendas nos shoppings que administra subiram 28,3% sobre um ano antes, com as vendas mesmas lojas avançando 23,9%.

A Iguatemi destacou o menor impacto no seu balanço do investimento na Infracommerce, que vinha pressionando seus resultados nos últimos trimestres, após reorganizar a fatia que detém na plataforma de comércio eletrônico.

“A partir de 30 de setembro de 2022, a participação na empresa foi contabilizada em investimentos permanentes, reduzindo a volatilidade no resultado financeiro e passando a ser tratado por equivalência patrimonial”, disse Cristina Betts, presidente da Iguatemi, no balanço.

A executiva observou ainda que a participação foi diluída já que a Iguatemi não entrou em um aumento de capital da Infracommerce, sendo agora de 8,4%, de 11,2%. A ação da Infracommerce subiu 35,8% no terceiro trimestre, após dois trimestres de queda.

Com Reuters e Estadão

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