54% dos participantes da sondagem indicaram que ações de empresas de tecnologia pareciam muito caras, uma reversão em relação ao mês passado, quando quase metade havia descartado essas preocupações.
A pesquisa foi realizada entre 3 e 9 de outubro, com 166 participantes, que administram US$ 400 bilhões em ativos.
Os temores de que as ações globais estivessem supervalorizadas também atingiram um pico na última pesquisa.
As ações dos Estados Unidos bateram vários recordes, impulsionadas pelo entusiasmo em torno dos gastos com IA e dos benefícios de produtividade relacionados.
O Nasdaq 100, com forte presença em tecnologia, subiu 18% neste ano, o que elevou sua relação preço/lucro futuro para quase 28, acima da média de 23 da última década.
Isso levou alguns participantes do mercado a questionar se os valuations ultrapassaram as perspectivas de lucros do setor, embora os estrategistas do Goldman Sachs tenham afirmado que é muito cedo para temer uma bolha tecnológica.
IA no auge
A alocação em ações dos gestores também reflete algum otimismo. A pesquisa do BofA mostrou que a exposição a ações dos EUA atingiu o maior nível em oito meses — desde antes do surgimento das preocupações com as tarifas. As preocupações com uma recessão diminuíram para o menor nível desde o início de 2022.
As reservas de caixa diminuíram, mas o estrategista do BofA, Michael Hartnett, disse que o desconforto com a IA, bem como as preocupações em torno do mercado de crédito privado, moderavam o sentimento de “totalmente de alta”.
Novas preocupações com a guerra comercial entre EUA e China têm abalado o humor do mercado de forma mais ampla nos últimos dias. O Nasdaq 100 liderou as quedas nos EUA, e os contratos futuros que acompanham o índice de referência caíram cerca de 1% nesta terça-feira (14).
A pesquisa do BofA mostrou que uma bolha de IA era vista como o maior risco de cauda, seguida por um ressurgimento da inflação e preocupações com a perda da independência do Federal Reserve e a desvalorização do dólar.