Na manhã desta quinta-feira (16), o bitcoin é negociado na faixa dos US$ 111 mil, com queda de 1% nas últimas 24 horas. No acumulado semanal, a cripto entrega perdas de 9%. No mês, cai 3%.
Enquanto isso, o ouro brilha forte. Ontem, superou os US$ 4.200 a onça-troy pela primeira vez em toda a história, mostrando que, em períodos de instabilidade, continua sendo um dos portos seguros procurados pelos investidores.
“O ouro atingindo recordes confirma que parte dos investidores está se movimentando para ativos de proteção, um contexto que poderia favorecer o BTC. No entanto, o Bitcoin já enfrenta resistência técnica e sensibilidade a reversões, dada a volatilidade recente e os choques macroeconômicos”, disse André Franco, CEO da Boost Research.
Segundo o especialista, é provável que a maior cripto oscile entre US$ 109.000 e US$ 113.500 nos próximos dias, podendo romper essa faixa se surgirem catalisadores positivos – como o avanço na expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos.
No fim deste mês, os membros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) se reúnem para decidir a nova taxa básica de juros do país, hoje na faixa dos 4,00% e 4,25% no ano. De acordo com a ferramenta CME FedWatch, que mostra as expectativas do mercado, 97,8% dos agentes apostam em um corte de 0,25 ponto percentual.
Tesouradas nos juros costumam ser positivas para ativos de risco, como as criptomoedas, já que reduzem o rendimento dos títulos públicos e incentivam a busca por aplicações com maior potencial de retorno.
Veja as cotações das principais criptomoedas às 7h40:
Bitcoin (BTC): -1,00%, US$ 111.448,10
Ethereum (ETH): – 1,80%, US$ 4.048,84
XRP (XRP): -2,50%, US$ 2,43
BNB (BNB): – 0,44%, US$ 1.180,26
Solana (SOL): -4,72%, US$ 195,63
Outros destaques do mercado cripto
Stablecoin “buga”e cria fortuna do nada. O mercado cripto levou um susto daqueles ontem: 300 trilhões de unidades de stablecoins PYUSD surgiram do nada. Como a cripto é pareada ao dólar na proporção de 1 para 1, o erro equivalia a US$ 300 trilhões, quase três vezes o PIB global. A Paxos, emissora do token – que é a sexta maior stablecoin do mundo – afirmou que tudo foi causado por um “erro técnico” e rapidamente promoveu a queima dos tokens (ou seja, apagou tudo). Em comunicado, garantiu que “não houve violação de segurança” e que “os fundos dos clientes estão seguros”. Oremos.
Jesus do Bitcoin livre. Roger Ver, empresário americano conhecido por ser um dos primeiros evangelistas do bitcoin (e apelidado de “Jesus do Bitcoin”), finalmente encerrou uma longa briga com a Receita dos EUA. Ele havia sido acusado de vender US$ 240 milhões em cripto e deixar de pagar cerca de US$ 48 milhões em impostos – tudo isso depois de renunciar à cidadania americana. Ele chegou a ser preso Espanha e até a pediu ajuda ao governo Trump. Agora, após anos de batalha judicial, o caso foi encerrado. Ver saiu “absolvido”, mas teve que pagar uma penitência de US$ 50 milhões.