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A remuneração média dos CDBs com vencimento entre três e 24 meses voltou a subir em outubro.

Nos produtos com vencimento em 3 meses, a taxa média de retorno saiu de 100,79% do CDI em julho para 101,75% do CDI no fim do mês passado, enquanto os títulos para 6 meses passaram a pagar em média 101% do CDI, contra 98,66% antes.

O movimento também se repetiu nos CDBs de prazo maior, entre 12 e 24 meses: no caso do primeiro grupo, a remuneração saiu de 99,17% em julho para 100,30% agora; no segundo, de 99,62% do CDI para 99,75%.

O ajuste no rendimento dos CDBs acontece em um momento em que se discute o rumo da taxa Selic, que está em 15% desde junho deste ano. A expectativa majoritária entre analistas é de que a taxa vai começar a cair no início do próximo ano. Mas o cenário começou a ficar mais complexo nos últimos dias: as projeções de inflação continuam muito acima da meta, a economia ainda se mostra aquecida e, portanto, parte do mercado já admite que a Selic pode permanecer estável por mais tempo do que se imaginava.

Outro fator importante é a necessidade de captação dos próprios bancos. Quando o crédito está mais fraco, as instituições precisam captar menos recursos no mercado, o que ajuda a derrubar as taxas.

Mas, se a economia começa a mostrar sinais de melhora ou se os bancos voltam a expandir suas operações de empréstimo, a demanda por captação aumenta. Para tornar seus CDBs mais atraentes e garantir que o dinheiro entre, as instituições elevam as taxas oferecidas.

O resultado de todos esses fatores combinados é uma reversão das quedas vistas nos últimos meses e a formação de um ambiente em que os CDBs voltam a apresentar remunerações mais robustas, conforme as apostas dos investidores passam a pender para um lado ou outro.