O nível de risco nas carteiras dos investidores é o mais alto já registrado em uma base de três meses desde 2001, revela a pesquisa do banco. A pesquisa também apontou fortes aumentos nas alocações em ações europeias e dos Estados Unidos, bem como em ações de tecnologia.
Os gestores estão cada vez mais otimistas, conforme o S&P 500 atinge máximas recordes em meio à confiança de que os EUA conseguirão negociar acordos comerciais.
O estrategista do Bank of America, Michael Hartnett, disse que não espera uma forte correção nas ações até setembro. Ele acrescenta que a exposição a ações ainda não é “extrema” e que a volatilidade dos títulos ainda é baixa.
Na pesquisa de julho, a alocação de investidores em ações dos EUA teve o maior aumento desde dezembro. As ações de tecnologia registraram a maior alta em três meses desde 2009. Os fundos relataram estarem mais overweight em ações da zona do euro em um período de quatro anos.
A pesquisa do Bank of America mostrou que o otimismo em relação aos lucros corporativos teve o maior salto desde 2020. Enquanto isso, 59% dos participantes disseram que uma recessão era improvável no próximo ano, uma reversão completa do sentimento depois que o presidente americano Donald Trump anunciou tarifas no “Dia da Libertação” em abril.
Pesquisa
A pesquisa foi realizada de 3 a 10 de julho, com 175 participantes que administram US$ 434 bilhões em ativos.
O levantamento mostra ainda que os investidores esperam que os EUA implementem uma tarifa final de 14% sobre os parceiros comerciais, acima dos 13% de junho. Uma guerra comercial que desencadeie uma recessão global é vista como o maior risco de cauda, seguida pela inflação que dificulte um corte na taxa de juros do Federal Reserve. Uma forte queda do dólar é considerada um dos maiores riscos.