- O humor lá fora é de ajustes em meio à preocupação com ações de tecnologia. Os futuros das bolsas de Nova York seguem em quedas leves sob impacto de Broadcom e Oracle: às 7h, o S&P 500 futuro tinha queda de -0,19% e o Nasdaq futuro de -0,56%.
- Na Europa, o índice Stoxx 600, que combina papéis de vários mercados europeus, segue em alta de +0,41%.
- Na Ásia, as bolsas fecharam em alta. O índice Nikkei, de Tóquio, terminou com ganho de +1,37%. O Hang Seng, de Hong Kong, subiu +1,75%.
- O índice dólar (DXY) permanece estável na casa de 98,04 pontos. O petróleo Brent oscila de leve para baixo, com queda de -0,07% a US$ 61,24 o barril. O juro da Treasury de 10 anos gira perto de 4,15% ao ano.
Destaques do dia
- Os resultados abaixo do esperado e as projeções mais fracas para o desempenho de companhias como a Oracle e a Broadcom reacenderam os temores de que as empresas de tecnologia, principalmente as ligadas ao universo da inteligência artificial, possam estar com um valor inflado. Na quinta-feira, o tombo de 11% das ações da Oracle arrastou gigantes como Google e Nvidia. O balanço da Oracle, que revisou para baixo projeções para os próximos trimestres, reacendeu preocupações sobre a sustentabilidade da onda de IA.
- A pressão ganha força com a frustração da previsão de vendas da Broadcom. As ações apresentam queda de 4,90% no pré-mercado nos EUA.
- E o que isso importa? Os investidores globais tendem a reassumir a cautela com os papéis de big techs e manter as bolsas americanas sob pressão. Para o Brasil, pode significar a manutenção do fluxo de recursos estrangeiros em busca de diversificação fora do mercado dos EUA.
Giro pelo mundo
- Brasileiro no comando da Coca-Cola: a gigante de bebidas nomeou o executivo brasileiro Henrique Braun como novo presidente global, com posse prevista para 31 de março de 2026, reforçando o peso do mercado do país para a gigante americana.
- Tech ainda digerindo Oracle e Broadcom: futuros em NY oscilam perto da estabilidade após forte rali, com o mercado tentando recalibrar expectativas para lucros de IA depois do tombo de Oracle e de margens mais comprimidas em Broadcom.
Giro pelo Brasil
- Inflação comportada: o IPCA de novembro subiu 0,18%, levemente abaixo do esperado, ajudando a manter a inflação anualizada ao redor da meta e dando munição para quem defende cortes graduais mais à frente.
- Atividade surpreende para cima: vendas no varejo de outubro cresceram 0,5% mês a mês, contra consenso de queda de 0,2%, indicando consumo ainda resiliente.
Giro corporativo
- Vivara troca o comando: a joalheria Vivara escolheu Thiago Lima Borges, ex-CFO da Smart Fit, como novo CEO. A escolha do nome mostra um foco declarado em eficiência operacional e disciplina de capital após uma sequência de trocas no topo.
- Fernão Dias muda de mãos: o consórcio Motiva venceu a repactuação da concessão da BR-381 (Fernão Dias) até 2040, oferecendo deságio de 17,05% no pedágio e prometendo cerca de R$ 14,9 bilhões em investimentos, deixando a atual operadora Arteris fora da pista.
- Corrida dos dividendos: a distribuição de dividendos e JCP acelera antes do fim do ano. Empresas como Ambev, Suzano, Klabin, Itaú, Petrobras, Vale, Banco do Brasil, Axia e Copel já anunciaram quase R$ 70 bilhões em proventos antes que a isenção de dividendos acabe a partir de janeiro de 2026.
Agenda do dia
- 09:00: Pesquisa Mensal de Serviços (outubro) — IBGE. Termômetro importante do setor de serviços, que pesa bastante no PIB brasileiro. Consenso aponta para crescimento mensal de +0,6% e avanço anual de +4,1% a/a.
- 12:35: Discurso do presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee — EUA. Pode trazer mais nuances sobre a decisão de quarta-feira e o apetite do Fed por novos cortes em 2026.
- 15:00: Contagem de sondas Baker Hughes — EUA. Indicador antecedente de investimento em óleo e gás. Mostra potencial de aumento de oferta se mais sondas foram colocadas em operação. Do lado oposto, indica queda, se houve desligamento de equipamentos.
Ótima sexta-feira e bons negócios!