A seguir: o panorama global, o que esses balanços podem significar e os destaques que merecem atenção.
Enquanto Você Dormia…
- Futuros de NY: S&P 500 −0,11% 📉 e Nasdaq 100 −0,10% 📉 (05h20).
- Europa e Ásia: Europa quase imóvel, bolsas esperançosas porém cautelosas; no Japão, o rally do Nikkei 225 estende-se com apoio político à nova coalisão governista.
- Dólar (DXY) em leve alta, petróleo Brent estável em ~US$61, e o rendimento do título de 10 anos dos EUA (UST 10y) próximo a 3,99% — um ambiente de espera.
Destaques do dia
- Nesta semana, quatro gigantes estão no centro da atenção: Netflix, GM, GE e Coca-Cola. A Netflix está sendo observada de perto para ver se suas apostas em anúncios e jogos vão dar certo, com projeção de receita de US$ 11,51 bilhões (+17,2% a/a) e lucro por ação de US$ 6,94 (+28,5%) para o 3° trimestre.
- GM reporta antes da abertura, e a Coca-Cola divulga após o fechamento — ambas carregam peso simbólico, dado o otimismo com lucros do S&P 500 de 9,3% no trimestre.
- E daí? Se a Netflix entregar e guiar bem, techs e consumo global ganham brilho — isso pode puxar ações de crescimento no Brasil e mexer com fluxo para exportadoras.
- No caso da GM e da Coca-Cola, o impacto vem via confiança em economia global e inflação: setores mais “tradicionais” que ajudam a calibrar risco.
Giro pelo mundo
- Resultados à vista: temporada de balanços entra em ritmo acelerado com Netflix, GM, Coca-Cola. Expectativas apontam para lucro acima da média.
- Inflação EUA adiada: o shutdown do governo empurra indicadores para o fim da semana, deixando o mercado mais vulnerável.
- Commodities estáveis: petróleo e minério sem grandes surpresas, “risco” vem mais de dados/empresas do que de oferta-demanda imediato. Petróleo estável: Brent ao redor de US$61 à espera do API à tarde.
Giro pelo Brasil
- Calendário de resultados domésticos: a expectativa para a temporada do 3° tri no Brasil ganha força, com bancos, siderurgia e empresas de consumo se preparando para reportar na próxima semana.
- Sensibilidade ao exterior: o câmbio e juros aqui continuam vulneráveis a sinais vindos dos EUA — resultados fortes/alertas podem gerar pressão de entrada/saída de capitais.
- Bolsa local em compasso de espera: após dias de alta, há certo respiro antes da entrega de números e dos estímulos externos. Vale observar se alguma empresa brasileira surpreende.
Giro corporativo
- A Ambipar protocolou pedido de recuperação judicial na 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. Apesar de esperado, evento pode afetar o humor de investidores.
- Petrobras anunciou na segunda-feira (20) redução de 4,9% no preço de venda da gasolina para as distribuidoras. Mais combustível para os negócios.
- Setores de consumo interno: caso global desinfle, o Brasil pode se beneficiar de fluxo para ativos domésticos.
A agenda de hoje
⏰ Antes da abertura do mercado nos EUA: Divulgação de balanço da General Motors
⏰ 10:00: Discurso de Christopher Waller (Fed) — pistas sobre juros e balanço monetário. (Consenso: atenção ao tom mais dovish)
⏰ 11:00: Dados do emprego estadual e rendimento usual nos EUA — leitura extra para inflação e consumo.
⏰ 17:30: Estoques semanais de petróleo nos EUA (API) — importante para petróleo e energia.
⏰ Após fechamento do mercado nos EUA: Divulgação de balanços da Netflix, Coca-Cola, e outras grandes — foco em crescimento, margens e orientação.
⏰ Após o fechamento no Brasil: Divulgação de resultados do 3T25 da Romi; relatório de produção da Vale.
⏰ Ao longo do dia: Abertura de mercado brasileiro, reação a sinais externos, com volume talvez mais leve.
Boa terça e bons negócios!