Insatisfeita com o atual acordo de acionistas e o poder de decisão limitado na Braskem, a Petrobras considera ser “possível” até assumir a operação da petroquímica na qual é uma das sócias, disse a presidente da estatal, Magda Chambriard, nesta sexta-feira (5).

Em evento na sede da Firjan, a federação das indústrias do Rio de Janeiro, Magda disse que “esse é um assunto em discussão, que não está fechado, então qualquer coisa que eu diga a esse respeito não seria mais do que especulação.”

A executiva afirmou ainda que existem “sinergias” entre a atividade de uma petroquímica com a de uma petroleira, no caso, a própria Petrobras.

Ela disse esperar para este ano um novo acordo de acionistas na Braskem, junto ao sócio Novonor (ex-Odebrecht). Afirmou ainda que as discussões têm evoluído.

Paralelamente, sabe-se que a Novonor tem negociações avançadas para a venda de uma parte significativa de sua fatia na petroquímica para a IG4 Capital, com o objetivo de saldar suas dívidas bilionárias.

A Petrobras precisa avalizar a operação e aprovar o novo acordo de acionistas com eventuais novos sócios. Bancos credores esperam que o acordo entre Novonor e IG4 seja assinado na semana que vem. Magda disse que há evolução nas tratativas, mas que não pode dizer que está fechado. “Temos ainda algumas questões societárias a serem ajustadas”, concluiu.