Os EUA são hoje o segundo maior destino das exportações brasileiras do produto, atrás apenas da China. Segundo Roberto Perosa, diretor da Abiec, as empresas projetavam embarcar cerca de 400 mil toneladas para o mercado americano até o fim do ano — volume que se tornaria “inviável” com a nova tarifa. “Nenhum outro país pode substituir os EUA de forma imediata, nem em volume, nem em preço”, afirmou.
No primeiro semestre, os frigoríficos brasileiros exportaram 181 mil toneladas de carne bovina para os Estados Unidos, gerando US$ 1 bilhão em receita — um salto de 113% em volume e de 102% em valor na comparação anual. A maior parte do produto é destinada à produção de hambúrgueres.
Em evento público nesta terça-feira (29), Perosa afirmou que representantes do setor têm mantido conversas com parlamentares norte-americanos para tentar barrar a tarifa, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto. Segundo ele, a ausência da carne brasileira no mercado americano tende a pressionar os preços locais, num momento de oferta restrita de gado e dependência crescente das importações.