A produção da mineradora Vale (VALE3) foi interrompida temporariamente em Brumadinho (MG) após um deslizamento de terra em uma mina da companhia ter soterrado e matado um trabalhador na sexta-feira (18). O acidente aconteceu perto do local do desastre com o rompimento de uma barragem da companhia em janeiro de 2019, que matou 270 pessoas.
Segundo a Vale, o operário era contratado por uma empresa terceirizada e estava em uma escavadeira quando foi atingido por um deslizamento de terra de talude na mina Córrego do Feijão. Em comunicado, a empresa afirmou que lamenta profundamente o acidente e que vai prestar assistência à família da vítima.
Os papéis da Vale chegaram a cair ao redor de 5% na abertura dos negócios nesta manhã. No fechamento, fecharam em queda de 1,07%, negociados em R$ 86,86.
A mina atingida tem o mesmo nome do bairro rural Córrego do Feijão, que faz parte do município de Brumadinho e foi parcialmente destruído há quase dois anos, quando uma barragem de rejeitos da Vale se rompeu.
“As empresas estão apoiando as autoridades no atendimento ao caso e na apuração das causas do acidente”, disse a Vale. “As atividades de manutenção no local serão suspensas para novos estudos e avaliações das condições de segurança.”
Alvarás de funcionamento suspensos
Após o acidente, a prefeitura de Brumadinho anunciou que suspendeu temporariamente os alvarás de funcionamento da mina, até que sejam esclarecidos os fatos. A decisão levantou especulações sobre o impacto na produção global de minério de ferro.
Nesta segunda-feira, a cotação do minério de ferro na China disparou nesta segunda. A commodity negociada na bolsa de Dalian encerrou o dia com alta de 9,7%, a 1.144,50 iuanes por tonelada (uS$ 174,76 por tonelada), após chegar a tocar máxima do contrato de 1.147 iuanes.
*Com informações da Reuters