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‘Ainda é possível ganhar dinheiro sem correr risco’, diz fundador da Vérios

Felipe Sotto-Maior conta como a gestora recém-adquirida pela Easynvest cresceu amparada por um ‘robô estagiário’ e fala sobre o futuro dos algoritmos que ajudam a investir.

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Uéslei não é um estagiário qualquer. Seu trabalho incansável marcou a trajetória da Vérios, gestora de investimentos recém-adquirida pela corretora Easynvest. Ao InvestNews Entrevista, o fundador da empresa com mais de R$ 400 milhões em recursos sob gestão, Felipe Sotto-Maior, fala sobre a evolução do robô que é uma das 11 máquinas pensantes da casa. Por meio de cálculos complexos, elas tomam decisões sobre os investimentos de clientes de forma automática, pelo uso de inteligência artificial.

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Claro que as máquinas não decidem sozinhas, lembra Sotto-Maior. “Toda a estratégia executada pelos robôs na gestora é desenhada e aprimorada por seres humanos”. Sobre o trabalho em “equipe” que envolve humanos e a tecnologia, ele acrescenta que o papel dos algoritmos é executar tarefas que pessoas seriam capazes de executar, mas que os softwares fazem com mais rapidez, otimizando cálculos de investimentos e interpretando dados em menos tempo. 

Essa “mãozinha” da tecnologia é o que ajuda a aprimorar o trabalho do time que se propõe a entregar soluções focadas no médio e longo prazo para até cinco classes de investimentos. A ideia é representar, perante a corretora, o cliente que prefere delegar a missão de investir seu dinheiro a quem entende melhor do assunto.

Em uma analogia rápida, se a corretora é o “supermercado”, a gestora é o “restaurante” que prepara e serve o prato ao cliente. “Basta poupar e o resto é com a gente. São clientes que não se consideram investidores e querem confiar em alguém para fazer o trabalho por eles”.

Nesse contexto, as palavras de ordem do serviço são diversificação e segurança. Segundo Sotto-Maior, a Vérios prefere “pecar” no conservadorismo para dar essa garantia ao dono do dinheiro. Tanto que, na entrevista acima, ele se mostra um defensor dos investimentos em renda fixa, que chegaram a ser questionados como “porto-seguro” depois que títulos como o Tesouro Selic e fundos DI tiveram retornos negativos em setembro, diante da piora da perspectiva fiscal do país.

Sotto-Maior defende que, apesar de a taxa de juros estar em sua mínima histórica, ainda é possível ganhar dinheiro sem correr risco. “Foi uma queda muito pequena por um motivo muito particular. Os títulos não perderam valor, é diferente de uma bolsa. Continua um porto seguro, porque se você tem uma reserva de curto prazo, precisa focar em segurança e liquidez. Ativos como Tesouro Selic, CDBs e fundos DI continuam com isso”, afirma o fundador da Vérios. 

Sobre a carteira do investidor em tempos turbulentos, Sotto-Maior reforça que é preciso ter o mínimo de planejamento financeiro para atravessá-los com tranquilidade. “Tentar distinguir o dinheiro de curto prazo do longo para garantir segurança. Gosto de chamar de reserva de segurança, no lugar de emergência, porque ela dá a segurança de não desfazer na hora errada o outro investimento”, afirma. Confira e entrevista completa no vídeo acima.

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