A Apple apresentou a versão mais recente de seu principal produto, o iPhone 16. O CEO Tim Cook afirmou que o aparelho foi projetado para aproveitar a inteligência artificial desde a sua base.
O iPhone 16 e o 16 Plus estarão disponíveis em novas cores e contarão com um botão de ação personalizável, recurso que antes estava disponível apenas em modelos de ponta, segundo a Apple, durante uma apresentação transmitida de sua sede em Cupertino, Califórnia, na última segunda-feira. Além disso, haverá um botão de controle de câmera, permitindo tirar fotos e acessar funcionalidades avançadas da câmera.
A Apple também revelou uma nova versão de seu relógio inteligente, com uma tela maior e capacidade de detectar apneia do sono, além de um novo software que transforma os AirPods em aparelhos auditivos.
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A inteligência artificial foi um dos temas principais do evento, que começou às 10h, horário local (14h, em Brasília). A empresa vem preparando um conjunto de ferramentas de IA chamado Apple Intelligence, com o objetivo de atrair os consumidores para comprar dispositivos atualizados. Para usar essas funcionalidades, será necessário ter um iPhone mais recente — o carro-chefe da marca.
O Apple Intelligence incluirá uma versão aprimorada do assistente digital Siri e a capacidade de criar emojis personalizados a partir de comandos de texto. O tema do evento, “Glowtime”, faz referência ao novo visual da interface do Siri. No entanto, grande parte dessa tecnologia só estará disponível nos próximos meses, o que pode limitar o impacto imediato nas vendas do iPhone.
Apple Watch
A versão Series 10 do relógio terá 30% mais área de tela, mesmo com um design mais fino, afirmou a Apple. A funcionalidade de detecção de apneia do sono estará disponível em mais de 150 regiões.
O novo relógio será cerca de 10% mais fino do que a versão Series 9 e contará com um novo modelo de titânio, mais leve do que os de alumínio. O dispositivo terá preço inicial de US$ 399 e será lançado em 20 de setembro. Também foi anunciada uma nova versão do modelo Ultra, de alto padrão, que será vendida no mesmo dia por US$ 799.
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O evento também trouxe uma versão atualizada dos AirPods padrão, que custam US$ 129, com um estojo menor e carregamento USB-C. Uma versão intermediária de US$ 179, com cancelamento de ruído — recurso antes disponível apenas nos AirPods Pro — também será lançada.
A empresa introduziu uma nova linha de fones de ouvido AirPods Max, por US$ 549, com novas cores e carregamento USB-C. Como os outros produtos anunciados, esses dispositivos chegarão às lojas em 20 de setembro. A Apple não lançou uma nova versão dos AirPods Pro, mas apresentou novos recursos, como um teste auditivo e a capacidade de funcionar como um aparelho auditivo, funcionalidades que serão adicionadas por meio de uma atualização de software no outono americano.
Lançamento antes de debate
O lançamento do iPhone é geralmente o anúncio mais importante do ano para a Apple. O dispositivo responde por cerca de metade da receita anual da empresa e impulsiona as vendas de acessórios e serviços.
A Apple geralmente não realiza esse evento em uma segunda-feira, mas o calendário antecipado permitiu que a empresa se adiantasse a uma terça-feira movimentada: um debate presidencial nos EUA está marcado para o dia seguinte, assim como o anúncio da Comissão Europeia sobre a possível obrigação da Apple pagar US$ 14 bilhões em impostos.
A empresa está tentando recuperar terreno no campo da inteligência artificial generativa, onde rivais como o Google, da Alphabet Inc., e a Microsoft Corp. têm avançado. A apresentação de segunda-feira foi, em parte, um esforço para convencer consumidores e investidores de que a Apple deve ser levada a sério no setor de IA.
Entretanto, a tecnologia de IA da Apple ainda está em estágios iniciais. O Apple Intelligence enfrentou vários atrasos, e muitos recursos importantes só estarão disponíveis no próximo ano. Por enquanto, a tecnologia está mais focada em resumir mensagens e notificações, em vez de competir diretamente com os sistemas avançados dos concorrentes.
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