A Aura Minerals anunciou nesta quinta-feira (2) um programa de incentivo para a conversão de Brazilian Depositary Receipts (BDR, recibos de ações negociados no Brasil) da empresa em ações ordinárias listadas na Nasdaq sem pagamento de taxas.

Conforme comunicado ao mercado, a conversão será realizada numa proporção de três BDRs para cada ação ordinária. A ação nos EUA fechou o pregão de quarta-feira a US$ 37. O BDR na B3 fechou a R$ 65,80.

O programa terá prazo de 32 dias e a empresa assumirá o custo das taxas de conversão cobradas pelo Banco Bradesco em nome dos acionistas.

“Este programa integra a estratégia da Aura de consolidar e aumentar a negociação de suas ações na Nasdaq e não deve impactar no desempenho financeiro da companhia”, afirmou.

Aura na Nasdaq

Em meados de julho, a Aura Minerals abriu capital na Nasdaq, em Nova York, com o ticker AUGO, conforme mostrou reportagem do InvestNews.

O IPO, então, captou US$ 200 milhões, que foram direto para o caixa da Aura. A empresa começava ali o começo da migração do principal de sua listagem: da Bolsa de Toronto para o mercado americano. Ali, a liquidez dos papéis promete ser maior, bem como o poder de atração de novos investidores.

A empresa é controlada pela Northwestern Enterprise, de acionistas brasileiros, desde 2016, a Aura também tem BDRs emitidas na B3. Ir para a Nasdaq foi estratégico. “Não tínhamos volume para atrair os grandes fundos estrangeiros. Aumentar a liquidez, então, era algo que planejávamos há alguns anos”, diz Rodrigo Barbosa, CEO da Aura, em entrevista ao InvestNews

Mas Barbosa acredita que o crescimento da companhia virá de projetos internos e novas aquisições. “Vamos continuar olhando M&A. Isso ainda faz parte da nossa estratégia de continuar crescendo, e estamos sempre monitorando alternativas”, disse ele.