A J&F já recebeu diversas ofertas não vinculantes de investidores, incluindo grandes mineradoras, fundos de private equity, tradings e siderúrgicas. A expectativa é concluir a transação no primeiro trimestre de 2026.
Uma das condições do processo é que a fatia seja vendida a investidores estrangeiros, não a players locais do setor. O tamanho exato da participação a ser negociada vai depender das propostas e da avaliação da companhia, disse a fonte.
A LHG, focada em minério de ferro e manganês, tem duas minas no Mato Grosso do Sul adquiridas da Vale em 2022, além de um porto próprio. O negócio integra o conglomerado dos irmãos Wesley e Joesley Batista, controladores da JBS.
A empresa planeja investir cerca de R$ 4 bilhões (US$ 750 milhões) para elevar a produção a 25 milhões de toneladas, com novas plantas de processamento previstas para entrar em operação até 2030 – um nível próximo ao do projeto Minas-Rio, da Anglo American, no Brasil.
Após operar por dois anos nessa capacidade ampliada, a LHG pretende iniciar uma segunda fase de expansão que pode dobrar a produção. Essa etapa demandaria aproximadamente US$ 2,5 bilhões, segundo uma das pessoas.
Desde sua criação, a LHG já multiplicou por seis o volume produzido, alcançando 12 milhões de toneladas anuais, segundo documentos da empresa. A operação escoa a produção por um sistema integrado que inclui porto, terminal marítimo e transbordo no Uruguai.
Procurados, Citi, LHG e J&F não comentaram.