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Bradesco reduz custos, amplia crédito e supera previsão de lucro no 4º trimestre

Lucro somou R$ 6,8 bilhões, alta de 2,3% ante mesma etapa de 2019.

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REUTERS/Pilar Olivares

O Bradesco (BBDC3 e BBDC4) superou com folga previsões do mercado para o lucro do quarto trimestre, uma vez que o controle de despesas operacionais e o aumento do crédito compensaram o efeito de maiores provisões para perdas com calotes devido aos efeitos da pandemia da covid-19.

O segundo maior banco privado do país anunciou nesta quarta-feira (3) que seu lucro de outubro a dezembro somou R$ 6,8 bilhões, alta de 2,3% ante mesma etapa de 2019, excluindo efeitos extraordinários. O número veio bem acima da previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de lucro de R$ 5,5 bilhões para o período.

A rentabilidade sobre o patrimônio, que mede como um banco remunera seu acionista, caiu 1,2 ponto percentual, para 20%, mas ficou muito acima da previsão média de analistas, de 16,1%

A provisão para perdas esperadas com calotes no trimestre, de R$ 4,5 bilhões, foi 14,7% maior ano a ano. Porém, o índice de inadimplência acima de 90 dias ficou em 2,2%, queda sequencial de 0,1 ponto e recuo de 1,1 ponto no ano a ano.

A carteira expandida de crédito do Bradesco fechou dezembro em R$ 687 bilhões, aumento de 10,3%.

O presidente-executivo do Bradesco, Octavio de Lazari, afirmou que o desempenho mostrou a capacidade do banco de enfrentar cenários adversos. “Crescemos no crédito, reduzimos a inadimplência e adotamos como mantra a austeridade total na estrutura de custos da organização, inclusive com a consolidação das agências sobrepostas”, afirmou Lazari.

O banco teve queda de 9,3% nas despesas operacionais no trimestre, no comparativo ano a ano, a R$ 11,4 bilhões. O recuo nessa linha veio em parte com redução de 6 mil funcionários no quadro de pessoal do Bradesco nos últimos três meses do ano passado.

Previsões

O Bradesco previu para este ano crescimento de 9% a 13% de sua carteira expandida de crédito e uma redução de 1% a 5% de suas despesas operacionais em relação a 2020.

Além disso, projetou uma provisão de R$ 14 bilhões a R$ 17 bilhões para perdas com calotes, o que significa uma redução relevante em relação a 2020, quando essa linha somou R$ 25,75 bilhões.

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