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‘Brasil não precisa colocar carro elétrico na rua’, afirma presidente da Vibra

Para Wilson Ferreira, o importante é trocar combustíveis pelos menos agressivos ao meio ambiente e oferecer mais alternativas.

“Um carro elétrico na Europa emite quase 100 gramas de CO2 por quilômetro rodado. Um carro movido a etanol no Brasil, 86. Se o veículo for híbrido, vai emitir 65 gramas por quilômetro”. Essa é a explicação de Wilson Ferreira Júnior, presidente da Vibra (VBBR3), ao defender que “o Brasil não precisa colocar carro elétrico na rua”.

Durante participação no evento CEO Circle: A Transformação de Empresas em Ecossistemas, promovido pelo Experience Club na capital paulista nesta terça-feira (5) com o apoio do InvestNews, Ferreira afirmou que uma das saídas em meio ao cenário de emergência climática pode ser a troca de combustíveis mais poluidores por opções menos agressivas ao meio ambiente e oferecer mais alternativas.

Presidene da Vibra, Wilson Ferreira
CEO da Vibra, Wilson Ferreira. 29/01/2019 Crédito: REUTERS/Amanda Perobelli

“O Brasil é o segundo maior produtor de etanol. Temos que aumentar a competitividade do etanol, para ser o maior, para alimentar o mundo. Como se aumenta essa competitividade? Existe a vinhaça, que é um resíduo do etanol. É usar a biodigestão da vinhaça pra produzir biometano, que é o combustível dos veículos pesados e tudo isso com 90% menos de emissão de carbono”, afirmou o presidente da Vibra.

Questões climáticas

Em seu discurso, Ferreira também alertou que o planeta está sob risco, especialmente em função do aquecimento global, que tem trazidos efeitos extremos.

“Tivemos questões climáticas gravíssimas no país. E é isso que temos que ficar atentos. Quando se olha ESG, é correto o “E” estar à frente, pois só temos um planeta e ele está sob risco, não adianta acertar o social e a governança  e o planeta não ser salvo. Temos que fazer algumas coisas, como trocar combustíveis mais poluidores  por combustíveis menos agressivos”, defende.

Matriz energética

O presidente da empresa de distribuição de combustíveis e lubrificantes destacou ainda o que o Brasil era reconhecido como uma potência global ambiental e que essa situação mudou em função do desmatamento no país, em especial o ilegal.

“Somos a matriz elétrica mais limpa do mundo. O potencial brasileiro para energia eólica e solar não tem país no mundo capaz. Nosso desafio é conter o desmatamento, reflorestar, para gerar biocombustível. O nosso desafio é grande, mas nossa vantagem é excepcional. O mundo está caminhando para produtos e serviços que serão reconhecidos como: baixa, nenhuma emissão e com emissão. Esses com emissão serão sobretaxados”, afirmou.

Durante o evento, Ferreira declarou, ainda, que é preciso defender e se posicionar como protagonista de quem faz e pode fazer mais. “Estamos trabalhando nisso e acreditamos que é um diferencial competitivo brasileiro”, destacou.

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